Quatro vítimas foram levadas ao Hospital São Camilo de Santana e três receberam alta pela manhã. A outra iria passar por raio-X. Um quinto ferido foi levado ao Pronto-Socorro de Santana e outro atendido e liberado no sambódromo.Sábado mesmo, a Liga das Escolas de Samba de São Paulo decidiu punir a escola com a perda de 3 pontos pela quebra da alegoria e outros 5 pelos minutos de atraso. “Foi-se o trabalho de um ano”, lamentou o presidente da Gaviões, Ronaldo Pinto.
Tinha tudo para ser o desfile do tricampeonato: a Gaviões levou para a passarela fantasias caprichadas, carros alegóricos luxuosos e passistas animados. Até a prefeita Marta Suplicy havia confessado sua preferência pela agremiação (leia texto nesta página). No fim, a certeza da vitória deu lugar à desolação.
De fato, o desfile sobre revoluções políticas e culturais que marcaram a cidade era o melhor até então. O cronômetro marcava 1h03 e a dispersão da Gaviões estampava rostos desolados. Impecável até ali, a escola começou a atrasar por causa do último carro. Muitos choravam, imaginando o atraso. Sete minutos depois, o carro provocava o acidente. O desespero tomou conta dos componentes.
Enquanto a alegoria enroscava no portão, integrantes e seguranças discutiam. Na arquibancada, o público incentivava a escola. “O título fica difícil, mas a mensagem foi dada”, comentou o diretor de Carnaval da Gaviões da Fiel, Douglas de Húngaro. “É prematuro falar em rebaixamento, eles podem conseguir uma classificação honrosa”, acrescentou o presidente da Liga das Escolas de Samba, Robson de Oliveira, que depois deixou escapar: “Está descartado o rebaixamento”. Ele lembrou outro Carnaval em que a Vai-Vai perdeu 20 pontos, mas conseguiu manter-se no Grupo Especial.
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