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Seminário na Alesp discute futuro da indústria paulista

Encontro também propõe a formação de frente parlamentar para debater o tema

Da Redação|
26/09/2023 | 07:00
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A Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) recebeu, na quinta-feira, o seminário O Futuro da Indústria Paulista. A atividade foi idealizada pelo deputado estadual Teonilio Barba (PT), através da Frente Parlamentar em Defesa de uma Reforma Tributária Justa e Inclusiva. Entre os encaminhamentos, a criação da Frente Parlamentar pela Indústria de São Paulo.

O encontro contou com trabalhadores, parlamentares, empresários e outros atores da sociedade, com o objetivo de debater o cenário atual, apontar caminhos e demandas para a reindustrialização, bem como as transições necessárias para que sejam mantidos empregos, salários e empresas.

Na abertura, o deputado petista pontuou que é necessário pensar o modelo de política industrial em São Paulo para pautar o governo. “São Paulo tem os 27 ramos que existem na indústria, sendo responsável pelo processo de industrialização no Brasil. Nosso objetivo é discutir e formular qual é o modelo de política industrial que queremos”, disse.

O presidente da CUT (Centeral Única dos Trabalhadores), Raimundo Suzart, destacou a participação dos diversos atores. “A gente também do apoio dos empresários, pois vão sentir as dores (da desindustrialização). Por isso quero parabenizar os empresários que estão aqui, pois é com esse olhar que vamos mudar o Estado e o País juntos”, disse Suzart.

Na primeira mesa de debates, o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), através do economista Fernando Lima, deu informações sobre a situação do setor. Segundo Lima, por mais que São Paulo seja líder em produção em 50 dos 100 maiores produtos industriais (receita líquida), a indústria apresentou queda de 481 mil postos de trabalho entre 2011 e 2021, com um recuo de 22,6% na massa salarial.

A situação gera preocupação nos mais diversos setores. Na visão dos trabalhadores sobre reindustrialização, é necessário ampliar ou recriar programas de fomento, reorganizar cadeias de valor e pensar uma transição justa. “Não tem histórico no mundo de um país desenvolvido que não teve indústria forte. Além de ter cadeias grandes, gerar emprego perene e renda, o setor tem o papel de atender às demandas da população. O Estado tem que dar o exemplo, e estruturar as demandas e reorganizar as cadeias de valor”, comentou o presidente da IndustriALL-Brasil, Aroaldo da Silva. 

Na segunda mesa, foram discutidas as perspectivas para o setor. Gerente de planejamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Thiago Mendes detalhou linhas de crédito e como o banco de fomento tem se reestruturado para atender às demandas do mercado e da sociedade. “A gente trabalha para que todos os setores produtivos se desenvolvam, sem descuidar de nenhum. Obviamente a indústria está no centro do fornecimento de todos os outros setores, então não podemos descuidar”, destaca.<TL>da Redação




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