Bolsa Atleta busca garantir condições mínimas para impulsionar os beneficiados em diversas modalidades
Sétima potência mundial do esporte paralímpico, o Brasil vem a cada ano superando marcas e recordes com seus paratletas nas diversas competições pelo mundo. Para 2024, por exemplo, nas Paralímpiadas de Paris, o CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) espera superar o desempenho de Tóquio 2020 (devido à pandemia os Jogos ó aconteceram em 2021), quando o País conquistou 72 medalhas, sendo 22 de ouro, 20 prata e 30 bronze, terminando a competição em 7º lugar.
Para alcançar este objetivo, o governo federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, tem investido no Bolsa-Atleta, que tem como obetivo garantir condições mínimas para que os atletas se dediquem ao treinamento e a competições locais, sul-americanas, pan-americanas, mundiais, olímpicas e paralímpicas. Os valores são de R$ 925 para atleta nacional, R$ 1850 para atleta internacional, R$ 3100 para atleta olímpico e paralímpico, e entre R$ 5 e R$ 15 mil para atleta pódio.
Neste sábado é celebrado o Dia do Paratleta e o Diário mapeou, por meio da Lei de Acesso à Informação, os atletas paralímpicos do Grande ABC. Na região, o programa contempla 57 paratletas, como é o caso, por exemplo, de Samuel Conceição, de 23 anos, da ADC São Bernardo, que é número 1 no ranking mundial nos 400 metros. Samuel está no topo da categoria T20 (deficiência intelectual), com o tempo de 47s14. O paratleta treina na pista de atletismo da Arena Caixa e integra projeto do Centro de Excelência Esportiva.
Petroquímica dá apoio a três nomes
Julio César Agripino tem deficiência visual e compete nas provas de 1500 e 5000 metros. Há 14 anos, ele se dedica à corrida e representa a seleção brasileira paralímpica. Julio César já passou por alguns clubes, mas atualmente representa o IEMA (Instituto Elisângela Maria Adriano), de São Caetano. Julio já era atleta antes de perder parte da visão, fato que ocorreu devido ao ceratocone e a cegueira cortical, doenças que vinham dificultando sua qualidade visual desde criança. Inicialmente, o atleta resistiu em fazer uma transição para o esporte paralímpico, mas tomou essa decisão em 2016, quando concluiu que sua dificuldade não seria um obstáculo na sua carreira esportiva. “Escolher o paratletismo e praticar esse esporte foi uma das melhores decisões da minha vida. Eu sou uma pessoa que me dedico muito, 100%, pois sei que lá na frente isso faz toda a diferença no alcance de resultados. Eu sigo dedicado e motivado em busca da classificação para as Paralimpíadas de Paris, em 2024”, exalta.
Já Alessandro Silva é natural de Santo André e morou por muitos anos em Mauá. Foi na região que começou a carreira esportiva que já dura 12 anos e nela que também se destacou. Agora está em Taubaté, para intensificar sua rotina de treinamentos na modalidade lançamento de disco e arremesso de peso. O paratleta é recordista mundial e já conquistou diversas medalhas paralímpicas. “Meu maior orgulho é ouvir o hino nacional tocando quando recebo uma medalha e represento meu país”, diz o atleta da categoria F11 (para competidores cegos).
Quem também acredita que o esporte pode fazer a diferença na vida das pessoas é a paratleta Raíssa Rocha Machado, de 27 anos, lançadora de dardo e que atualmente treina no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo. Paratleta há 15 anos, ela nasceu com uma má formação congênita que a impediu de andar. “O esporte me trouxe disciplina, foco e determinação de correr atrás dos meus sonhos. Ele salvou a minha vida, me trouxe empoderamento feminino, melhorou minha autoestima, fez com que eu me aceitasse como deficiente”, explica.
Os três atletas paralímpicos são apoiados pela Braskem, que patrocina o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) desde 2015 e renovou no ano passado a parceria com o atletismo paralímpico do Brasil até junho de 2026. Temos muito orgulho em saber que nossa parceria contribui para que os atletas tenham cada vez mais oportunidades para se desenvolverem e continuem alcançando todo o seu potencial”, declarou Sylvia Tabarin, gerente de Relações Institucionais da Braskem no Sudeste.
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