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Poste é risco em rua do Ferrazópolis
Angela Martins
Especial para o Diário
25/01/2006 | 08:14
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Há três anos, os moradores da rua Marcelino de Brito, no bairro Ferrazópolis, em São Bernardo, sofrem com falta de energia elétrica. As falhas no fornecimento acontecem sempre à noite, no horário de pico de consumo. “Antes, era uma vez por mês, depois passou a ser uma vez por semana. Agora, são duas vezes por semana”, conta Horacina Maria Ribeiro, 41 anos, moradora.

De acordo com Horacina, o problema está no transformador do poste de luz que fica entre os números 126 e 130. “Sai faísca, chega a pegar fogo. É muito perigoso para quem caminha pela calçada”, afirma. “As faíscas mais parecem fogos de artifício”, emenda Meirielen dos Santos, 21 anos, outra moradora da rua.

Meirielen já solicitou reparos, mas a Eletropaulo não teria dado atenção ao problema. “Demora muito para virem consertar. Eles dão um número de protocolo, dizem para esperar 30 dias e nunca aparecem”, diz. Em dezembro, os moradores da rua entregaram um abaixo-assinado solicitando que a Eletropaulo trocasse a rede de energia, mas também não teriam obtido resposta até hoje.

“Quando o cara da Eletropaulo aparecer, vou gritar: Queremos energia!”, anuncia a dona-de-casa Divani Machado de Assis, 53 anos. Revoltada, Divani não agüenta mais esperar pela solução do impasse. “Dia sim, dia não, falta energia. Ninguém mais agüenta”. Mas não só o incoveniente da falta de luz incomoda a dona-de-casa. “A gente corre perigo de vida. De noite, não posso sair na sacada de casa, por medo de me machucar”, completa.

Ainda segundo Divani, outras pessoas já tiveram prejuízo material com as oscilações de energia. “Uma vizinha já teve uma televisão e uma cafeteira queimadas”, avisa. O aposentado José Nilton Santa Clara, 63 anos, denuncia: “Não é uma hora sem energia. São de duas a quatro horas toda semana”.

Eletropaulo – A Eletropaulo informa que instalou anteontem um aparelho de medição no transformador localizado no poste em questão. A ação visa diagnosticar as sobrecargas ocorridas durante os horários de pico de consumo. Assim, será possível saber se o transformador deve ou não ser trocado por um equipamento de maior potência já nos próximos dias. Além disso, a companhia se comprometeu a fazer a poda da árvore próxima ao poste e instalar um dispositivo (afastador) para separar mais os cabos de energia uns dos outros e, assim, evitar novos curtos-circuitos.

A Eletropaulo ressalta que, ao lado da rua, existe uma comunidade de baixa renda que vive em moradias ligadas clandestinamente à rede elétrica da rua Marcelino de Brito. Essas ligações clandestinas podem também estar provocando oscilações e curtos na rede.




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