O Santos enfrenta o Cienciano nesta quarta-feira, às 21h40 (Globo), em Cuzco (Peru), com uma certeza: não pode desperdiçar tantas chances de gol como aconteceu na partida disputada na Vila Belmiro, que terminou empatada por 1 a 1. Esse problema, entretanto, pertence ao passado, segundo os jogadores, na medida em que nas duas últimas partidas o time marcou 11 gols. Para ficar com a vaga na semifinal da Copa Sul-Americana, os santistas precisam de uma vitória simples ou empate por dois gols ou mais. Empate sem gol classifica a equipe da casa. Resultado semelhante ao do primeiro jogo leva a disputa para as penalidades.

"Vamos tentar marcar logo nosso gol para facilitar as coisas", disse o meia Diego, que já atuou em altitudes como a de Cuzco (de 3,4 mil metros) e sabe das dificuldades de atuar nessa condição. "Eles vão tentar impor a correria em cima de nós, mas precisamos ser inteligentes para não entrar no jogo deles".

Com a altitude, a bola fica mais leve, situação que, na opinião de Diego, não pode ser desprezada. "Temos de aproveitar bastante os chutes de longa distância e as cobranças de falta."

Robinho, que marcou o gol que salvou o Santos de uma derrota para o Cienciano, na Vila Belmiro, acha que a situação atual é bem diferente. "O grupo todo está confiante, subindo de produção e temos conseguido as vitórias". Entende que o Cienciano, jogando em casa e com a altitude a seu favor, será um adversário difícil. "Mas temos condições de vencer".

Na opinião de Robinho, a saída é permanecer com a posse de bola a maior parte do tempo. "A altitude dificulta bastante e temos de ficar com a bola desde o começo do jogo. Temos também de suportar a pressão normal de um time que joga em casa e, principalmente, aproveitar as oportunidades de gol". Animado com a boa fase, depois de ter marcado quatro gols nas duas últimas partidas, comentou: "tenho feito dois, agora espero marcar três", disse, confiante.

Retorno - O zagueiro Alex não jogou sábado contra o Coritiba porque estava suspenso e tem volta garantida contra o Cienciano. Ele foi o autor do gol contra que quase deu a vitória aos peruanos na partida disputada na Vila Belmiro e se lembra ainda hoje daquele lance. "Estava tranqüilo, ia deixar a bola passar mas ouvi o grito de tira e tentei rebater a bola". Alex cabeceou mal e a bola entrou no gol de Fábio Costa. "Mas assumo meu erro e não tenho que ficar colocando a culpa em alguém; marquei contra, fiquei muito chateado, mas sei que isso é uma coisa que, infelizmente, acontece no futebol".

Para o ataque, mais uma vez Leão escala Fabiano no comando do ataque, arma que deu certo nas duas últimas partidas.