Santo André cria Plano de Inclusão Produtiva para esse grupo; na cidade, são 1.800 nessa profissão que contribui para economia circular
A Prefeitura de Santo André criou o Plano Municipal de Inclusão Produtiva dos Catadores de Materiais Recicláveis com o objetivo de trazer mais dignidade e oferecer novas oportunidades para esse grupo. O projeto foi instituído pelo decreto número 18.135. Para atingir os propósitos, a gestão municipal trabalhará com ações de desenvolvimento humano, capacitação profissional e geração de trabalho e renda focadas a esse público. Ao todo, são mais de 1.800 catadores autônomos na cidade, de acordo com mapeamento do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), por meio do programa Sanear Santo André.
O superintendente da autarquia, Ajan Marques de Oliveira, explica que a avaliação do Semasa busca entender as performances, dificuldades e condições de trabalho dos catadores. “Observamos que precisávamos oferecer a eles a chance de se profissionalizar com qualificações, seja para que eles se agrupam com cooperativas e saírem da informalidade ou se conectem com outras profissões. Eles precisam de respaldo, registro na carteira, entre outros direitos trabalhistas.”
No levantamento do Semasa feito com 853 catadores, a maioria ganha menos de um salário mínimo (53%), nunca realizou curso profissionalizante (81%) e trabalha com essa atividade por não conseguir emprego formal (67%). “Percebemos as vulnerabilidades que eles estão inseridos e queremos motivá-los a se desenvolver”, reflete Ajan Marques.
ECONOMIA CIRCULAR
O trabalho dos catadores está alinhado com o tema da 17ª do Desafio de Redação promovido pelo Diário, que refere-se a “Reciclar para Transformar: como a economia circular pode revolucionar nossa sociedade”.
De acordo com Ajan Marques de Oliveira, a ação dos catadores é de extrema importância para a sociedade. “Muitas pessoas não percebem, mas, à medida que eles estão reciclando, colaboram com o meio ambiente e reduzem os produtos que são colocados em aterros, que geram altos custos para a Prefeitura. Esses trabalhadores são fundamentais para manter a saúde de todos.”
O superintendente reforça que muitos catadores perdem oportunidades por causa do preconceito. “Hoje, ainda respeitam mais, mas ainda há muita discriminação, principalmente no mercado de trabalho. Ninguém pensa neles como uma possibilidade de mão de obra”, pontua. “Quanto mais aumentarmos a reciclagem, melhor para o meio ambiente, município e população. Causa menos custos e está muito alinhado com o conceito de economia circular, de reutilizar os produtos.”
Com mais um exemplo nas mãos sobre como a economia circular é feita na prática, os candidatos do maior concurso literário do Grande ABC podem enviar os textos até 29 de setembro.
A 17ª edição do Desafio de Redação é realizada pelo Diário e pela Prefeitura de Santo André, patrocinada pelo Vale dos Pinheirais Cemitério Parque & Crematório, tem o apoio da Braskem e o apoio institucional da FSA (Fundação Santo André).
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