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Despesa com veículo na região é quase a mesma que com alimento

Diferença é de apenas 9,4%; uso de carro e moto para trabalho explica a proximidade

Nilton Valentim
09/09/2023 | 06:23
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Celso Luiz 3/2/22


 Os moradores do Grande ABC gastam com seus veículos praticamente o mesmo que utilizam para se alimentar. A estimativa é que até o fim deste ano sejam destinados R$ 12,9 bilhões para manter as máquinas, enquanto as despesas com alimentação deverão atingir R$ 14,07 bilhões nas sete cidades. A diferença é de apenas 9,42%. Os números foram levantados pela IPC Maps.

Na comparação com 2022, quando foram empreendidos R$ 12,01 bilhões nos gastos com os veículos, o aumento estimado para este ano é de 7,02%. Já no quesito alimentação, a subida é de 4,6%. No ano passado, os moradores da região dedicaram R$ 13,45 bilhões para comida e bebida fora de casa e em domicílio.

Para calcular as despesas automotivas o IPC levou em conta o abastecimento (com etanol ou gasolina), consertos de veículos, estacionamentos, óleos, acessórios/peças, pneus, câmaras de ar e lubrificações/lavagens, Incluiu também a aquisição de veículos.

“Esse crescimento se deu graças a um esforço da população de complementar ou ter renda própria graças à prestação de serviços em delivery ou transporte por aplicativos. Este aumento de despesas não quer dizer que as pessoas estão comprando mais carros, estão saindo para passear ou se divertir. Pelo contrário, é uma forma que ela encontra para gerar mais renda para o domicílio”, afirma o economista Marcos Pazzini.

Na divisão por classes, os integrantes da A foram os que registram o maior crescimento (16,8%), indo de R$ 1,96 bilhões (2022) para R$ 2,29 bilhões (2023), Na classe Cestimativa é de queda de -4,49% (de R$ 3,68 bilhões para R$ 3,52 bilhões) e na C e D, baixa de -3,69%, indo de R$ 378,05 milhões para R$ 364,1 milhões. “As classes C,D e E, em relação a 2022, tiveram perda, porque elas não conseguem investir em veículos novos e a manutenção é menor do que o desenbolso para adquirir um veículo novo. As classes mais baixas continuam sendo mais afetadas, o que faz com que o as empresas de comércio e reparação de veículos tenha crescido 5,03% e a frota de veículos aumentou com menos que a média nacional, com 1,97%.

Em 2022, a região tinha 13.278 empresas de comércio e reparação de veículos, número que subiu para 13.946. Já a frota era de 1.905.696 e foi para 1.943.283. No País, o número de deveículos em circulação foi de 113,4 milhões para 117,04 milhões, o que representa alta de 3,21%.

Do mesmo modo, está a quantidade de comércio e reparação de veículos. De 2022 para 2023, houve um aumento de cerca de 5,3% das lojas existentes, totalizando atualmente 909.122 empresas automotivas no Brasil.

Com relação à alimentação no País, o total gasto foi de R$ 815,14 bilhões no ano passado para R$ 862,03 em 2023, o que significa crescimento de 5,8% de um ano para outro.




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