Sob direção geral de Luiz Nascimento e comandado pelos jornalistas Glória Maria, Renata Ceribelli, Pedro Bial e Zeca Camargo, o programa impressiona pela linha diversificada. Na área jornalística, faz uma retrospectiva semanal, explorando as notícias mais importantes.
Neste ano, por exemplo, Pedro Bial e Glória Maria conseguiram uma entrevista exclusiva com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio da Alvorada. De forma descontraída, Lula falou das reformas de seu governo, das viagens internacionais e até de sua bursite.
Já os quadros do programa se alternam entre a descontração e a prestação de serviços. O médico Dráuzio Varella orientou diversas pessoas a pararem de fumar na série Fôlego. Em Grávidas, ele ajudou gestantes a tomarem certas precauções durante a gravidez e no pós-parto.
Nos quadros humorísticos, uma antiga tradição do programa, o Homem Objeto, que falou sobre o comportamento do homem perante a mulher moderna, saiu do Fantástico para gerar a atual sitcom Sexo Frágil. No Papo Irado, Tati, personagem de Heloísa Perissé, entrega um pouco do que passa na cabeça de uma adolescente. E Retrato Falado, sempre interpretado por Denise Fraga, mostra a vida de anônimos que pedem para ver um pedaço curioso da história de suas vidas retratado na TV.
Se agora parece tão bem resolvida, nesses 30 anos a revista eletrônica dominical da Globo já atravessou transições delicadas. É difícil acreditar que o Fantástico um dia tenha deixado de dar notícias, como ocorreu em 1977. Nessa época, voltou-se para a linha de espetáculos, mas depois felizmente tudo voltou ao normal.
Também não dá para esquecer que os quadros dos mágicos David Copperfield e Mister M ocupavam um espaço que poderia ser melhor aproveitado. Mas isso logo foi verificado e ambos sumiram como num passe de mágica.
O grande segredo do Fantástico talvez seja a eficiente mistura de jornalismo com humor. A abordagem de temas diversos, que prendem o telespectador ou criam uma certa expectativa para o domingo seguinte, como as séries, também é um dos motivos para a longevidade do programa. Tudo pode ser tratado como “fantástico” no Fantástico.
Assunto, aliás, não pode mesmo faltar para que um programa se mantém no ar há 30 anos.
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