Política Titulo Ação judicial
Morando e Carla processam liderança do MTST por serem chamados de racistas

Prefeito e deputada pedem indenização de ativista que disse que casal é xenófobo e família nojenta

Raphael Rocha
22/08/2023 | 07:00
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DGABC


O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), e a deputada estadual Carla Morando (PSDB) processaram liderança do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) e ex-candidato a vereador pelo PT da cidade, Anderson Dalécio (hoje no Psol), que chamou os tucanos de racistas e xenófobos.


Na peça, o casal Morando diz que, em julho de 2023, Dalécio divulgou um vídeo – impulsionado pelo Sindiserv (Sindicato dos Servidores Públicos e Autárquicos de São Bernardo – com severas críticas aos tucanos, questionando a assinatura feita por Morando ao projeto cidade antirracista junto ao Ministério Público e também o projeto de lei que impõe sanção administrativa a qualquer ato de racismo, bem como injúria racial nos estádios de futebol.

Dalécio aponta, no vídeo, que Morando é racista e que a lei tinha que prendê-lo pelo fato de o tucano praticar atos racistas. “Esses despejos que eu falei do Pedreira, do Jardim Regina, e do estradão do Silvina, que são famílias cem por cento negras e negros… nenhuma das famílias que foram despejadas até hoje ganharam moradia, então ele (Morando) despeja porque é um racista, é um xenófobo, pratica a xenofobia também. E, nesta semana semana, a Carla Morando fez um vídeo, e praticou xenofobia, falando mal de nordestino, dizendo que a culpa do Lula ser eleito foi de nordestinos”, critica Dalécio.

Ele prossegue: “Ou seja, é uma família de racistas. A família Morando é uma família de racistas preconceituosos, e que precisam ser varridos daqui. Eu não quero construir nada, com relação à política pública para negros e negras, com essa família branca nojenta que está aí. Não dá para ele achar que agora, depois de sete anos na Prefeitura cometendo racismo, ele vir com a placa, botar faixa em cada quadra que tem na cidade pra dizer que a prática de racismo no esporte é crime. Nós temos que colocar uma faixa na Prefeitura, para dizer que o racista é ele, e que é ele que vem cometendo crimes”.

Morando e Carla pedem à Justiça indenização de R$ 10 mil, alegando que Anderson Dalécio violou o direito à livre manifestação.

Recentemente, Morando também procurou a Justiça contra Marco Antonio da Silva, o Markinhos, coordenador do Projeto Meninos e Meninas de Rua, e Fabíola Carvalho, coordenadora da UNEafro, dupla que denunciou o tucano à ONU (Organização das Nações Unidas) alegando que a administração desenvolve prática de racismo institucional. 



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