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Caso Elián revolta Cuba contra os EUA
Do Diário do Grande ABC
01/07/2000 | 17:28
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O governo cubano proclamou ``vitória' neste sábado, por causa da volta do menino Elián González, mas disse também que abriria uma nova etapa de manifestaçoes contra a política americana, ``com mais força do que nunca'.

O chanceler Felipe Perez Roque falou para as 300 mil pessoas que participaram de uma manifestaçao, para ``celebrar com justificada alegria e orgulho revolucionário o retorno feliz de Elián González, junto com seu pai e família'

A manifestaçao de Manzanillo, transmitida ao vivo pela televisao, foi aberta com a leitura de uma mensagem de Fidel Castro, que participava de uma cerimônia militar em Havana. Na mensagem Castro saudou o regresso do menor a Cuba e disse que nenhum dos candidatos a sucessao americana inspira confiança.

Pérez Roque, no seu discurso, disse que os cubanos continuariam lutando contra ``a Lei de Ajuste Cubano, contra o bloqueio e a guerra econômica (dos Estados Unidos), para que um dia nossa geraçao possa ver tremular solitária e livre nossa bandeira na base naval (americana) de Guantánamo'.

O chanceler também anunciou que, a partir de 3 de julho, haverá um ato como o de Manzanillo todo sábado, em alguma cidade do país: ``Assim, os que acreditavam que isto estava acabando verao que estamos começando uma nova etapa de luta', acrescentou o chanceler.

Durante o ato de Manzanillo, os 300 mil manifestantes mantiveram um minuto de silêncio em respeito à memória do americano Gary Graham (Sanka Sankofa), executado em 22 de junho nos Estados Unidos. A homenagem foi solicitada por um dos oradores da manifestaçao, Mazi Majal, filho de Mumia Abu-Jamal, ex-pantera negra condenado a morte pelo suposto assassinato de um policial e que está ha 18 anos preso.

A execuçao de Sankofa, aprovada pelo governador do Texas e candidato a presidente George W. Bush, foi qualificada em Havana de ``erro letal e assassinato público' pelo jornal Juventude Rebelde.




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