Empate frustrante na Venezuela. Se a torcida do Santos ficou acordada até a madrugada de hoje para assistir ou escutar a estreia na Copa Libertadores, contra o Deportivo Táchira, se decepcionou. Para quem esperava jogo fácil, o empate sem gols deixou todos com gosto de quero mais. Assim, os times somam um ponto no Grupo 5 e dividem a liderança até o confronto entre Colo Colo e Cerro Portenho, amanhã.

O esquema tático utilizado por Adilson Batista na escalação inicial do Santos sobrecarregou Elano na criação, afinal Danilo jogou improvisado no meio-campo à frente de Possebom e Arouca. Além disso, Diogo esteve no comando de ataque junto a Neymar, enquanto esperava-se Zé Eduardo.

Com isso, o time parecia ligeiramente ansioso e errava muitos passes. O Deportivo Táchira, por sua vez, esbarrava nos próprios limites e não criava lances de perigo ao goleiro Rafael. Apenas tentativas de longe que facilitavam a vida do camisa um santista.

O Santos só começou a jogar a partir dos 30 minutos. Mas na primeira chance que teve, ficou no quase. Após lance pela direita e cruzamento de Pará, Neymar tentou de letra, o goleiro defendeu, Danilo tentou aproveitar o rebote e mais uma vez o arqueiro apareceu e, com o pé, desviou a bola, que bateu na trave.

Quatro minutos depois, o Peixe balançou a rede com Diogo, após passe de Neymar e cruzamento de Danilo, mas a arbitragem anulou assinalando impedimento de Elano na origem do lance.

Algo durante o intervalo acendeu o ímpeto da equipe da casa que, mesmo nas suas limitações, voltou com tudo na segunda etapa. Aos três, Herrera recebeu na entrada da área, fintou a zaga e bateu firme: a bola bateu na rede pelo lado de fora, assustando Rafael.

A posse de bola era toda venezuelana, que até os 30 minutos colocava os santistas na roda aos gritos de olé vindos da torcida. O Peixe, por sua vez, parecia desnorteado, totalmente dominado pelo Táchira. E quando tinha a bola nos pés, errava o passe ou tentava ligações diretas frustradas.

Na tentativa de recuperar o meio-campo e melhorar o ataque, Adilson Batista colocou Adriano, Alex Sandro e Zé Eduardo. Ofensivamente as mudanças não surtiram efeito. Mas, pelo menos, diminuíram a pressão do adversário. A cabeçada de Durval, aos 46, obrigou Sanhouse a bela defesa, e o empate prevaleceu.

Ganso desmente negociação com o Corinthians e diz que fica

Envolto em noticiários que sugeriam negociação com o Corinthians, o meia Paulo Henrique Ganso tratou de tranquilizar a torcida do Santos e garantir a permanência no clube. As especulações surgiram após o presidente Luis Álvaro Ribeiro dizer que 40% dos direitos do atleta pertencentes ao grupo parceiro do clube foram oferecidos ao Timão.

Além disso, as relações entre o meia e o Peixe estariam estremecidas pelo fato de o jogador não se considerar valorizado no clube. Sobre a transferência, porém, negou.

"Gostaria de tranquilizar a torcida do Santos. Tenho contrato até fevereiro de 2015 e continuo negociando com o Santos um novo contrato que atenda aos meus objetivos e aos do clube", disse o meia na nota.