A comissão do Senado norte-americano que investiga o escândalo ‘Petróleo por Alimentos’ se queixou de ter sido mal informada sobre as atividades de Kojo Annan relacionadas ao programa no Iraque, considerando incompletos os dados fornecidos pela empresa suíça de auditoria Cotecna. Kojo, filho do secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Kofi Annan, era funcionário da empresa suíça.

"Nunca pensamos estar a par de tudo", declarou um funcionário da subcomissão permanente de investigações do Senado, que pediu anonimato.

Em dezembro, a Cotecna afirmou que jamais teve envolvimento com os contratos no Iraque, desmentindo as versões de que teria sido afetada pelo escândalo do programa ‘Petróleo por Alimentos’.

"Apesar da Cotecna ter obtido muitos contratos referentes ao Iraque desde 1992, no período dos contratos com a ONU - entre 1999 e 2003 - Kojo Annan estava destacado na África ocidental, responsável por desenvolver nossos negócios em Gana e na Nigéria", afirmou um porta-voz da empresa.

No entanto, um fax divulgado na segunda-feira no Senado prova que Annan havia informado por carta a seus chefes da Cotecna, em setembro de 1998, que havia colocado em prática um "mecanismo centrado em Nova York", durante a Assembléia Geral da ONU daquele ano, para desenvolver "contatos" úteis para a empresa.