"Na realidade, 1,3 bilhão de pessoas não podem ser simplesmente exterminadas", declarou o líder malaio. "Os europeus mataram seis milhões de judeus de um total de doze. Mas hoje, os judeus dirigem o mundo por procuração. Conseguem que os outros lutem e matem por eles".

Conhecido na Malásia como “Doutor M”, o dirigente malaio convocou seus interlocutores a se unir contra o que chamou de humilhação. "O contra-ataque só deve começar quando tivermos colocado ordem na casa. Necessitamos de uma trégua (nas divisões internas da OCI) para atuar juntos e solucionar certos problemas de interesse comum, como por exemplo a Palestina".

O primeiro-ministro, que deixará o poder no fim do mês, fez um pedido para o fim dos atentados suicidas e para que prossiga o diálogo custe o que custar. "Sacrificamos vidas inutilmente e não conseguimos nada mais do que provocar mais vingança em massa e humilhação", avaliou.

"O Alcorão nos diz que quando o inimigo implora a paz, devemos reagir positivamente. Na verdade, o que o tratado propõe não nos é favorável. Mas podemos negociar", acrescentou, sem identificar que tratado era esse. "Há cerca de cinqüenta anos estamos lutando pela Palestina. E o que conseguimos? Nada. Necessitamos de uma retirada estratégica e fazer uma avaliação com calma da situação", defendeu.

Mais de 30 chefes de Estado, entre as 57 nações representadas, participam desta reunião muçulmana.