Fechada em 31 de março pela Defesa Civil de São Bernardo, unidade foi reaberta parcialmente para entrega de remédios, aplicação de vacinas e curativos
Moradores dos 22 bairros que estão na órbita da UBS (Unidade Básica de Saúde) Vila União, no Grande Alvarenga, terão de esperar no mínimo mais um mês para voltarem a passar por consultas médicas no equipamento, que foi interditado pela Defesa Civil de São Bernardo por risco de desabamento do teto no dia 31 de março. A Prefeitura informou, à época, que as chuvas haviam provocado danos estruturais no prédio, mas há relatos de que a causa teria sido a construção de muro de arrimo e de contenção ao lado e atrás da unidade. Segundo operários da obra, que foi iniciada em 9 de janeiro, o serviço deverá ser concluído em aproximadamente 30 dias, caso não ocorra nenhuma intercorrência.
Portanto, até que todos os serviços estejam à disposição da população, quem precisa de consulta ou de atendimento odontológico terá de buscar os serviços em outras unidades, o que obriga muitos moradores a recorrer ao transporte público para o deslocamento. Nos casos em que o usuário do equipamento interditado pelo governo do prefeito Orlando Morando (PSDB) necessitar de um dentista, por exemplo, deverá se dirigir às UBSs Ipê ou Orquídea. Ainda que de forma precária, a UBS Vila União está parcialmente aberta para aplicação de vacinas, entrega de medicamentos e curativos.
“Aqui na região até temos outras unidades, mas como são mais distantes, temos de pegar ônibus. Um gasto que a gente, que já não tem muito, não precisaria ter caso a Prefeitura tivesse cuidado da nossa UBS, que teve de ser fechada porque não fizeram manutenção e podia cair. É um absurdo deixar a saúde assim, abandonada. Pior ainda é faltar remédios. E isso numa cidade que é rica”, reclamou usuária da unidade da Vila União, ao criticar o descaso com a rede municipal, comandada pelo secretário Geraldo Reple Sobrinho.
Morador do bairro, o aposentado Nelson Alves de Souza, 73 anos, disse ter acompanhado a ação da Defesa Civil no dia em que houve a interdição da UBS: “Houve um barulho e o teto de um dos consultórios quase desabou. Isso ocorreu por causa das obras do muro que está sendo construído na parte de trás da UBS. Com a reforma, a rachadura interna piorou e quase caiu”, comentou.
REPLE CALADO
Responsável pela Secretaria de Saúde desde o primeiro mandato do prefeito Orlando Morando, em 2017, Geraldo Reple Sobrinho continua a se manter calado sobre questionamentos do Diário em relação aos problemas da área, como falta de médicos, de medicamentos, demora na marcação de exames e consultas com especialistas e problemas estruturais em equipamentos de saúde, entre outras queixas. O jornal encaminhou ontem o quarto pedido, e nada de respostas, pela quarta vez.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.