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Consulta na UBS Vila União só volta em 30 dias, no mínimo

Fechada em 31 de março pela Defesa Civil de São Bernardo, unidade foi reaberta parcialmente para entrega de remédios, aplicação de vacinas e curativos

Wilson Moço
Do Diário do Grande ABC
06/05/2023 | 08:54
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Celso Luiz/DGABC


Moradores dos 22 bairros que estão na órbita da UBS (Unidade Básica de Saúde) Vila União, no Grande Alvarenga, terão de esperar no mínimo mais um mês para voltarem a passar por consultas médicas no equipamento, que foi interditado pela Defesa Civil de São Bernardo por risco de desabamento do teto no dia 31 de março. A Prefeitura informou, à época, que as chuvas haviam provocado danos estruturais no prédio, mas há relatos de que a causa teria sido a construção de muro de arrimo e de contenção ao lado e atrás da unidade. Segundo operários da obra, que foi iniciada em 9 de janeiro, o serviço deverá ser concluído em aproximadamente 30 dias, caso não ocorra nenhuma intercorrência.

Portanto, até que todos os serviços estejam à disposição da população, quem precisa de consulta ou de atendimento odontológico terá de buscar os serviços em outras unidades, o que obriga muitos moradores a recorrer ao transporte público para o deslocamento. Nos casos em que o usuário do equipamento interditado pelo governo do prefeito Orlando Morando (PSDB) necessitar de um dentista, por exemplo, deverá se dirigir às UBSs Ipê ou Orquídea. Ainda que de forma precária, a UBS Vila União está parcialmente aberta para aplicação de vacinas, entrega de medicamentos e curativos.

“Aqui na região até temos outras unidades, mas como são mais distantes, temos de pegar ônibus. Um gasto que a gente, que já não tem muito, não precisaria ter caso a Prefeitura tivesse cuidado da nossa UBS, que teve de ser fechada porque não fizeram manutenção e podia cair. É um absurdo deixar a saúde assim, abandonada. Pior ainda é faltar remédios. E isso numa cidade que é rica”, reclamou usuária da unidade da Vila União, ao criticar o descaso com a rede municipal, comandada pelo secretário Geraldo Reple Sobrinho.

Morador do bairro, o aposentado Nelson Alves de Souza, 73 anos, disse ter acompanhado a ação da Defesa Civil no dia em que houve a interdição da UBS: “Houve um barulho e o teto de um dos consultórios quase desabou. Isso ocorreu por causa das obras do muro que está sendo construído na parte de trás da UBS. Com a reforma, a rachadura interna piorou e quase caiu”, comentou.

REPLE CALADO

Responsável pela Secretaria de Saúde desde o primeiro mandato do prefeito Orlando Morando, em 2017, Geraldo Reple Sobrinho continua a se manter calado sobre questionamentos do Diário em relação aos problemas da área, como falta de médicos, de medicamentos, demora na marcação de exames e consultas com especialistas e problemas estruturais em equipamentos de saúde, entre outras queixas. O jornal encaminhou ontem o quarto pedido, e nada de respostas, pela quarta vez. 




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