O ator Cláudio Manoel, que interpreta o trapalhão Seu Creysson, relatou a 'bronca' que levou da primeira-dama no encontro desta terça-feira. "Ela apontou para mim, rindo, e disse: 'é ele que fica falando mal da gente todo dia.' Aí eu respondi: não é todo dia, é toda terça, dona Marisa!"

"Foi só brincadeira, eles são muito simpáticos", completou Cláudio Manoel, que considerou o encontro como bastante agradável.

O humorista comentou também que o presidente Lula é 'blindado' contra as críticas e brincadeiras – que são um dos pratos principais do programa Global. "Ele é escolado, pois ninguém chega aonde ele chegou com o couro mole."

"Estamos aí desde Collor, Itamar e Fernando Henrique. Nós sempre pegamos todo mundo. O supremo mandatário também é o supremo alvo da piada. Isso é que é o bom da democracia", avaliou Cláudio Manoel.

Propostas - O 'encontro' de Seu Creysson com o primeiro casal da República coincidiu com o evento em que o presidente Lula recebeu uma comissão de 20 artistas, produtores culturais e intelectuais. Eles entregaram um documento com o resultado de um seminário promovido pela TV Globo e pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo para discutir os problemas que o setor cultural brasileiro vem enfrentando.

O documento foi entregue a Lula pelo ator Tony Ramos, que leu a lista de reivindicações dos profissionais de áreas como televisão, cinema, publicidade, música e literatura. Os artistas pedem que a cultura seja reconhecida como setor estratégico para o desenvolvimento do país, com direito a empréstimos e subsídios.

"Todas as propostas serão encaminhadas para os ministérios encarregados de cada assunto", afirmou o presidente, que agradeceu a iniciativa dos intelectuais e artistas. Segundo Lula, "boa parte das reivindicações faz parte do que o Ministério da Cultura já vem tentando colocar em prática".