Os ministros das Relações Exteriores dos países que fazem parte da União Europeia (UE) chegaram a um acordo nesta segunda-feira, 20, para enviar um milhão de projéteis para a Ucrânia, que vive escassez no campo de batalha contra a Rússia. O bloco também aumentará a produção de munição e enviará uma nova remessa no futuro, totalizando cerca de 2 bilhões de euros (R$ 11 bilhões) de gastos.
O plano possui três etapas: a entrega de um milhão de munições de 155 mm à Ucrânia; a restauração de estoques estratégicos nacionais; e expansão da capacidade de produção da indústria de defesa do bloco, segundo detalharam diplomatas de cinco países.
A munição adicional foi um pedido do governo ucraniano, que alerta repetidamente as suas tropas sobre a necessidade de racionar o poder de fogo, em um momento marcado pelo desgaste da guerra. O chanceler ucraniano, Dmitro Kuleba, participou da reunião por videoconferência e comemorou o acordo.
FASES
O fornecimento de munições de 155 mm na primeira fase do plano vai equivaler a 1 bilhão de euros (R$ 5,6 bilhões), retirado de fundos compartilhados pelos países do bloco para permitir que os governos enviem os projéteis de suas reservas militares. Na etapa posterior, mais 1 bilhão de euros será utilizado para comprar munição da indústria militar. Na terceira etapa, a ampliação da produção de empresas da área de defesa será para repor as reservas nacionais dos países do bloco e abastecer a Ucrânia.
O acordo será formalmente apresentado aos líderes da UE, que se reunirão em Bruxelas na quinta e sexta-feira. Segundo o jornal britânico The Guardian, uma autoridade da UE afirmou que a questão da munição será central na reunião, que terá participação do presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, por videoconferência. Segundo estimativas, as forças russas dispararam entre 20 mil e 50 mil tiros de artilharia por dia nos últimos meses, e o Exército da Ucrânia, no máximo, 7 mil para poupar seus estoques.
Fontes diplomáticas indicam que a Ucrânia precisa de cerca de 350 mil projéteis por mês para conseguir conter o avanço russo e planejar contraofensivas ainda este ano. Mas os países da UE estão com arsenais muito baixos, o que fez soar um alerta no bloco.
Diante da situação, a UE espera que o pedido de munições incentive as empresas do bloco a aumentarem sua produção e investimento no setor. (Com agências internacionais).
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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