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Antagonismo marca clássico no Pacaembu
Fernando Cappelli
Com Agências
24/10/2010 | 07:40
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Situações e intenções opostas marcam o clássico paulista de hoje (16h), no Pacaembu, entre Corinthians e Palmeiras pelo Brasileiro.

No lado alvinegro (terceiro colocado, 50 pontos), além da estreia do técnico Tite, a ambição é encerrar o jejum de sete partidas sem vitórias e seguir na cola de Cruzeiro e Fluminense, dois primeiros na classificação. Pelo lado alviverde (décimo, 44), o desinteresse no Nacional já é fato concreto e embasado pelo próprio discurso da comissão técnica.

Mesmo sem muitos problemas para escalar o Corinthians, Tite tenta fazer mistério. O time que mandará a campo não será muito diferente daquele que atuava com Adilson Batista. Ele tem à disposição a defesa e meio-de-campo titulares, com os retornos de Alessandro e Bruno César.

Assim, o treinador reforça o setor intermediário com o recuo de Elias. E tanto Ralf quanto Jucilei poderão cobrir as subidas dos laterais Alessandro e Roberto Carlos.

No ataque, Iarley faz dupla com Ronaldo. O que surpreendeu no discurso do treinador foi a obstinação em fazer com que o time jogue bem, deixando de lado o futebol de resultado, uma das marcas de Tite em sua primeira passagem pelo Corinthians em 2004. "Para vencer, tem de jogar bem. Meu time precisa ganhar consistência e mostrar evolução", avaliou.

No Verdão, o técnico Luiz Felipe Scolari deixou pouca margem de dúvida sobre a escalação. Revelou, por exemplo, que manterá o esquema com apenas Kleber na frente e o meio com cinco jogadores, com Valdivia confirmado.

Os problemas estão nas laterais. Sem Vitor, machucado, e Gabriel Silva, suspenso, Felipão estuda opções. Patrik e Luís Felipe brigam por vaga na direita. A esquerda segue sem substituto definido.

Mesmo com a importância do desafio contra o adversário mais tradicional, Felipão novamente ressaltou que a prioridade do clube para o restante do ano recai totalmente na Copa Sul-Americana. O Verdão pega o Atlético-MG, quarta-feira, pelas quartas de final.

"Durante a próxima semana, meu contato com os jogadores será diferente. É mata-mata. Aí são palavras mais fortes, para saberem o que está acontecendo. Agora, neste jogo, pelo que está acontecendo, deixo o pessoal mais tranquilo, sem muita cobrança da minha parte."


De volta, Bruno César se oferece até para jogar na zaga

Quinze dias depois de machucar a coxa direita, o meia Bruno César prepara a volta à equipe afinando o discurso para agradar ao técnico Tite.

O meia, que sob o comando de Adilson Batista chegou a reclamar publicamente do posicionamento, deve entrar em campo contra o Palmeiras onde mais gosta: centralizado. Se precisar, no entanto, garante que atua até como zagueiro.

"Pelo que entendi vou jogar mais no meio. O Tite gosta de ter um armador, com os companheiros apoiando pelos lados. Mas não é hora de pensar onde vou jogar, e sim pensar no coletivo. Jogo até na defesa se precisar."

Foi nesta posição em que ele se destacou e chegou à artilharia do Corinthians no Campeonato Brasileiro, com 11 gols, quando Mano Menezes era o técnico.

Sob a batuta de Adilson Batista, foi deslocado para a direita, enquanto Jorge Henrique centralizava as jogadas. Como Iarley frequentemente sai da área, muitas vezes era Bruno César que acabava como referência na frente.

Palmeirenses decretam momento de superação física

Como atua de forma simultânea no Brasileirão e na Copa Sul-Americana, o elenco palmeirense não tem muito tempo de descanso, mesmo com 63 apresentações em 2010.

Desta forma, os jogos de quarta e domingo começam a trazer consequências, deixando diversos atletas no departamento médico por lesões musculares ou traumáticas.

Para o clássico, três jogadores estão vetados por problemas físicos: o goleiro Marcos, o lateral Vitor e o atacante Ewerthon. Ainda por cima, o zagueiro Maurício Ramos e o volante Pierre são dúvidas.

Com tantos problemas, o Verdão apela para o sacrifício contra o maior rival. " Tive problema no púbis na minha passagem pelo Cruzeiro. Só parei na hora de operar. Mas clássico não tem essa de dor. Se for suportável, tem de jogar", afirmou o atacante Kleber.

O Gladiador ainda considera que o Corinthians entra em campo com clara vantagem por estar descansado. Enquanto o Palmeiras se desgastou no compromisso contra o Universitario Sucre, pela Sul-americana, o Timão apenas treinou durante a semana.

 




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