O medo do fracasso e a curiosidade levam jovens a experimentar, sem necessidade, remédios que facilitam a ereção. Uma pesquisa da Uninove mostrou que 15% dos 360 de homens - entre 18 e 30 anos - já usaram tais medicamentos sem prescrição médica.
O que eles não sabem é que as conseqüências podem ser graves. "O uso indiscriminado pode gerar desde uma queda de pressão até uma parada cardíaca. As drogas, como a cocaína e o álcool, entre outras medicações, potencializam os efeitos colaterais", alerta o urologista e professor de Medicina Sexual e Reprodutiva da Faculdade de Medicina ABC, Roberto Vaz Juliano.
Outra consequência do mau uso dos facilitadores de ereção é a Doença de Peyronie, em que traumas na membrana túnica (que recobre o pênis) deixam o pênis torto. "O jovem pode ter relações em excesso, causando traumas irrecuperáveis ao órgão genital", explica o urologista e doutor pela Faculdade de Medicina da USP, Paulo Egydio.
Apesar de indicadas somente sob prescrição médica, as drogas podem ser conseguidas facilmente em estabelecimentos clandestinos e formais por qualquer um que se predisponha a comprá-las. "É fácil conseguir o medicamento sem receita na maioria das farmácias", afima Paulo Egydio.
A explicação para a procura destes remédios por jovens saudáveis pode ser a superficialidade das relações afetivas e a busca pela perfeição. "Há uma necessidade exagerada em ter alta performance em tudo, até no sexo", diz Paulo Egydio.
Além disso, o remédio substitui a fragilidade das emoções. "Eles usam os recursos da farmacologia para substituir essa falta natural de estímulo", conclui Roberto Vaz.
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