Saá havia convocado os governadores do partido Justicialista para uma reunião neste domingo para tomar medidas de emergência para conter a grave crise economica e social do país, mas apenas quatro dos 19 peronistas compareceram. Os governadores que esvaziaram a reunião alegaram que não apoiavam a intenção de Saá de ficar na presidência até 2003.
Durante o pronunciamento, o presidente interino disse que não teria condições de governar o país sem o apoio dos governadores, e como tinha antecipado, deixava o cargo. "Esta atitude mesquinha não me deixa outro caminho senão apresentar minha renúncia indeclinável à Assembléia Legislativa", disse. Saá fez questão de mencionar as medidas que adotou nos primeiros dias na presidência, e disse que o país não está isolado da comunidade internacional. Segundo ele, a Argentina voltou a contar com o apoio internacional depois que ele chegou ao poder.
Há apenas oito dias no poder, Saá viu sua frente política 'derreter' no sábado, com a renúncia coletiva de todos seus ministros, pressionados pelos protestos da população, que tomaram conta das ruas contra a nomeação de políticos acusados de corrupção e contra a limitação dos saques bancários.
O presidente do Senado, o peronista Ramón Puerta, assume a presidência interinamente até o dia 3 de janeito, quando a Assembléia Legislativa escolherá o novo presidente provisório.
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