O governo dos Estados Unidos afirmou nesta quarta-feira que é "difícil imaginar" que as próximas eleições no Paquistão serão livres e justas se acontecerem sob as restrições impostas pelo estado de emergência, instaurado há 11 dias pelo presidente Pervez Musharraf.

"Para ter eleições livres e justas, estas devem ocorrer sem um estado de exceção", declarou a porta-voz da Casa Branca, sede do governo norte-americano, Dana Perino. "Será difícil imaginar eleições livres e justas sob o estado de exceção". "Nenhuma data foi fixada para suspender o estado de exceção", completou. O pedido de suspensão foi feito pelos EUA no mesmo dia de sua declaração.

Diante de acusações da secretária de Estado, Condoleezza Rice, de que existem restrições aos meios de comunicação e à oposição, o presidente paquistanês, Pervez Musharraf, defendeu-se afirmando que o estado de exceção tem o objetivo de "garantir que as eleições transcorram de forma ordenada".

Perino não quis comentar se a Casa Branca aceitará os resultados das eleições caso a atual situação seja mantida. Ela também não falou a respeito de uma eventual reavaliação da ajuda paquistanesa na luta contra o terrorismo.