A visita do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, ao Vietnã, num momento em que as tropas americanas sofrem diariamente com a violência no Iraque, gerou comparações inevitáveis com a guerra travada há mais de 30 anos, que terminou com uma derrota para os americanos.
Em relação às possíveis lições que podem ser extraídas da guerra no país asiático, Bush disse: "Temos tendência a querer um êxito imediato no mundo, e a tarefa no Iraque levará tempo". "Teremos êxito, a não ser que deixemos o país", assegurou Bush.
Apesar de Washington se esforçar para convencer que o conflito do Vietnã é coisa do passado, a situação no Iraque se presta a todo tipo de comparação.
Hanói condenou a invasão americana do Iraque em 2003, e alguns dos veteranos de guerra vietnamitas previram na ocasião que Washington se lançava num conflito que seria dominado pelos intermináveis ataques da guerrilha e pelas numerosas baixas.
O presidente Bush, debilitado por uma clara derrota nas eleições legislativas americanas, realiza sua primeira visita ao Vietnã. Ele é o segundo presidente americano a viajar ao Vietnã depois da visita de Bill Clinton em 2000.
Em junho de 2005, o então primeiro-ministro vietnamita, Phan Van Khai, visitou Washington, no primeiro deslocamento de um chefe de governo do país asiático aos Estados Unidos desde 1975.
Apesar da relação entre os dois ex-inimigos ter melhorado, o Congresso americano rejeitou recentemente a normalização das relações comerciais com o Vietnã.
Passado - No Vietnã, a guerra já faz parte do passado. O país está centrado em proporcionar crescimento econômico, o segundo da região, atrás apenas do da China.
"O que é interessante é que os vietnamitas não estão particularmente interessados" no conflito, assegurou o porta-voz da Casa Branca, Tony Snow, referindo-se à Guerra do Vietnã.
"Há uma população jovem e uma economia dinâmica. Isso não vai ser uma volta ao passado para o Vietnã, mas uma projeção do futuro em áreas de cooperação e de interesse mútuo", acrescentou a fonte.