A imprensa israelense apoiou neste domingo a ofensiva terrestre lançada na noite de sábado pelo exército na Faixa de Gaza, ao mesmo tempo em que questionou meios políticos viáveis para encerrar o conflito.
"Não é uma operação terrestre, mas sim uma verdadeira guerra, uma guerra para defender nossos lares e nossas vidas", escreveu o jornal Yediot Aharonot.
Para a publicação, "Israel enviou suas tropas a Gaza sem ambições desmedidas, com muitas preocupações e com a esperança de alcançar objetivos delimitados" - principalmente o fim dos disparos de foguetes contra seu território.
Mas é exatamente por não ter fixado metas mais ambiciosas, como "acabar com o regime do Hamas", que a operação tem chances de ser concluída com sucesso, afirma o Yediot Aharonot.
"Objetivo: reduzir o Hamas a pó", escreveu o liberal Haaretz, destacando que o Estado judeu se beneficia de um contexto internacional extremamente favorável graças ao apoio aberto dos Estados Unidos e tácito dos países europeus.
O jornal afirma ainda que os ataques aéreos e marítimos que precederam a ofensiva por terra não minaram o potencial militar do Hamas, apesar de terem provocado mais de 400 mortos, o que tornou a operação terrestre indispensável.
"Este é o momento da diplomacia. A operação terrestre não deve durar tempo demais nem dificultar as chances de um fim rápido dos combates", estima um editorial do Haaretz.
"Guerra", escreveu em uma manchete de cinco colunas o jornal popular Maariv, mais enfático, segundo o qual Israel entrou em uma "guerra necessariamente cara, mas eminentemente justa", que deve durar tanto quanto necessário para "destruir o Hamas".
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