As operações de crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) atingiram o menor patamar do ano em setembro. Segundo números divulgados pelo Ministério da Previdência Social, foram liberados R$ 1,976 bilhão no mês passado com a realização de 660.817 operações. O resultado pode estar vinculado à antecipação de parte do 13º salário do aposentado. Ou seja, o beneficiário, com dinheiro no bolso, pode ter optado por não contrair novos empréstimos e até mesmo pagar dívidas.
De agosto para setembro, houve diminuição de 16,6% na concessão desse tipo de crédito. Comparando com setembro de 2009, que também teve o efeito do 13º, no entanto, houve elevação do volume total de empréstimos de 22,86%. Também é verificada ampliação no acumulado entre janeiro e setembro. Nesse período foi apurado aumento de 18,78% na comparação com o mesmo período do ano passado. As operações saltaram de R$ 17,068 bilhões para R$ 20,274 bilhões.
A tendência, no entanto, é de redução do ritmo de expansão desses empréstimos. Até porque, o limite de endividamento do aposentado e pensionista é de 30% do rendimento, sendo que 10% podem ser gastos no cartão. ACOMODAÇÃO
Na terça-feira, o chefe do departamento econômico do BC (Banco Central, Altamir Lopes, frisou que a perspectiva é de "acomodação" da taxa de expansão do crédito com desconto em folha para trabalhadores do setor público o que inclui os aposentados e pensionistas. Em setembro, conforme dados do BC, o saldo de empréstimos aos trabalhadores do setor público chegou a R$ 112,981 bilhões, crescimento de 29,5% nos últimos 12 meses.
Os dados da Previdência Social mostram ainda que os aposentados e pensionistas estão utilizando cada vez menos a opção do cartão de crédito. Isso ocorre porque as taxas do cartão são mais elevadas. Além disso, é possível verificar que os empréstimos estão concentrados entre a população que ganha até um salário-mínimo.
Do total de R$ 1,976 bilhão de empréstimos concedidos em setembro, R$ 825,094 milhões foram destinados para quem recebe até um salário-mínimo; R$ 582,867 milhões para os que têm rendimento entre um e três mínimos; e o restante para os que ganham mais que três salários.
Das operações firmadas em setembro, R$ 953,529 milhões foram disponibilizados no mercado da região Sudeste, por meio de 308.856 contratos. São Paulo mantém a liderança, respondendo com 53,9% do volume de contratos e 56,5% do total de recursos da região.
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