Salve, salve, torrão andreense
Gigantesco viveiro industrial!
Teu formoso destino pertence
Aos que lutam por um ideal!
Hino do município de Santo André, composição dos professores José Amaral Wagner (letra) e Luiz Carlos da Fonseca e Castro (melodia).
Ah, esse tal de progresso, “que destrói coisas belas” – como diz Caetano. “Memória” acolhe o grito dos memorialistas e acha que a cidade de Santo André está perdendo a sua última chaminé histórica
E olha que tivemos lindas chaminés, artisticamente erguidas, artesanalmente. Trabalho de profissionais especializados, utilizando alvenaria diferenciada.
Quando desmancharam uma das chaminés da Kowarick (fábrica têxtil pioneira de casimiras), o historiador Octaviano Gaiarsa guardou algumas dezenas daqueles tijolos, pensando que seriam belas peças para o futuro museu – o museu que hoje leva o seu nome.
Separou as peças. Levou-as ao pátio do antigo Departamento de Cultura. Tempos depois, a surpresa, aqueles tijolos foram usados para reforma de uma calçada.
- Dr, foi uma dureza endireitar aqueles tijolos pro nosso trabalho - comentou o pedreiro com o Dr. Gaiarsa, orgulhoso do seu serviço.
O memorialista Philadelpho Braz interessou-se, particularmente, pela preservação da chaminé da Atlantis, no bairro Jardim. Qual o que! Também aquela fábrica de anil veio ao chão, cedendo espaço a um condomínio residencial.
O mesmo ocorreu com as chaminés da primeira grande indústria da cidade, a Ipiranguinha, no bairro do mesmo nome.
Que outras chaminés restam em Santo André?
FIRESTONE DO CÉU
Escreve-nos Maria Claudia Ferreira, guardiã da memória andreense:
O Marcos Sidney Pagotto-Euzebio é professor do Departamento de Filosofia da Educação da Feusp (Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo), a USP.
Ele também foi membro do Condephaapasa (Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico-Urbanístico e Paisagístico de Santo André), com atuação muito importante no resgate da nossa história.
Marcos fotografou uma perda irreparável: estão "desmontando" a última chaminé da nossa cidade, a da Firestone.
Santo André era conhecida por suas chaminés.
DOCUMENTOS
Professor Marcos e jornalista Daniel Tossato, ex-Diário, têm documentado aqueles que podem ser os últimos momentos de uma chaminé.
Crédito da foto 1 – Daniel Tossato
Crédito da foto 2 – Marcos Euzebio
FIM? A chaminé da Firestone e os andaimes ao redor: a área ocupada é diminuta, não justifica a derrubada de um verdadeiro bem histórico-cultural
DIÁRIO HÁ 30 ANOS
Domingo, 20 de dezembro de 1992 – ano 34, edição 8262
FUTEBOL – São Paulo e Palmeiras decidem título, com TV.
Naquele domingo, às 17, no Morumbi, novo encontro entre Raí e Evair.
O Tricolor dependia de um empate, vinha do primeiro título mundial em Tokio frente ao Barcelona.
O Palmeiras precisava vencer no tempo normal, forçar a prorrogação, e vencer também neste tempo extra.
O Diário – rádio e jornal – montava forte esquema para a cobertura.
SANTO DO DIA
Pedro Canísio (Holanda, 1521 – Suíça, 1597). Autor de um catecismo que, publicado pela primeira vez em 1554, teve mais de 200 edições e foi traduzido em quinze línguas. Toda uma vida religiosa dedicada à Companhia de Jesus.
André Dung-Lac (Vietname, 1795-1839).
EM 21 DE DEZEMBRO DE...
1902 – Os exames de final de ano na Estação de São Bernardo, hoje Santo André, se transformaram em verdadeira festa cívica.
Eram duas escolas, a masculina e a feminina – o grupo escolar não existia.
A escola masculina era regida pelo professor José Augusto Leite Franco e a feminina pela professora Alzira Lisboa Franco.
Uma comissão examinadora foi formada com nomes como o do prefeito Alfredo Flaquer (ainda chamado intendente municipal), Cesário Bastos (senador estadual), Saladino Cardoso Franco (futuro prefeito) e vários professores.
O local dos exames foi caprichosamente decorado, com muitas flores.
Das 33 alunas, 31 compareceram. A menina Rita Orso foi a primeira colocada, seguida pelas colegas Alvina Santiago e Constantina Polesi.
Dos 29 alunos, 28 estiveram presentes. Bento Zerrenner e Fioravanti Jacopucci passaram com distinção, seguidos por Angelo Fornazzaro, Theodoro de Gesso, João Luiz e Isaac Pelegrini.
Ao que consta, todos os alunos foram aprovados.
1937 – Estreava, nos EUA, o primeiro longa-metragem de animação da história: “Branca de Neve e os Sete Anões”, de Walt Disney.
1967 – News Seller, antecessor do Diário, em manchete: “Desapropriadas áreas para viaduto”.
Prefeitura de Santo André projetava a construção de um viaduto que ligaria a Avenida Dom Pedro II com a Praça IV Centenário, sobre a Avenida XV de Novembro e que é o atual Viaduto da Acisa, antigo Viaduto Luiz Carlos Berrine.
Agência ASA Santo André de Publicidade inaugura suas novas instalações na Rua Campos Sales, 100, 3º andar.
Anunciada a fusão do Colégio Industrial Pentágono com a Escola de Química Industrial do ABC. O nome Pentágono é mantido. O estabelecimento passa a funcionar na Avenida Dom Pedro II, 339, sob a direção dos professores Euclides Rios, Amadeu Felipe Salomão e José Gomes.
1972 – Santo André inaugura o posto de bombeiros nº 2, à Avenida Santos Dumont, esquina com a Rua Uruguaiana.
Sistema telefônico no Grande ABC entra em caos: torna-se impraticável qualquer ligação para São Paulo.
HOJE
Dia do Artista Profissional
Dia do Atleta
Municípios brasileiros
Hoje é o aniversário de 77 cidades, a maioria de Minas Gerais, entre as quais várias com nomes diferenciados.
São os casos de Fruta de Leite, Nova Porteirinha, Olhos d’Água, Pai Pedro, Pingo d’Água, Ponto Chique, Ponto dos Volantes, Sem-Peixe, Veredinha e Vermelho Novo.
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