Nada como um discurso político após um empate ruim com a Colômbia na primeira partida das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010.

De camisa, sapato e um penteado estiloso, o técnico da Seleção Brasileira considerou a volta ao Maracanã mais importante do que a recente conquista da Copa América. Tudo para cativar o povo carioca, que vai lotar o Maracanã amanhã, contra o Equador, para ver pela primeira vez o treinador em ação.

“A nossa maior alegria, da comissão técnica e dos jogadores, não foi ter conquistado a Copa América, mas sim voltar ao Maracanã e poder ter novamente contato com a torcida brasileira. Acredito que o torcedor saiba do trabalho que estamos fazendo e vai nos apoiar”, discursou Dunga.

A recepção carioca foi discreta. Poucos torcedores foram ao aeroporto Tom Jobim para receber a equipe, que chegou às 6h10 de Bogotá. “Acho que todos aqui sabem que o povo brasileiro é trabalhador, e que às 6h da manhã devia ter muita gente indo para o trabalho. Não estranho a falta de assédio”, completou.

A equipe nacional não joga no Rio há sete anos. A última partida ocorreu em setembro de 2000, quando a seleção goleou a Bolívia por 5 a 0 pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2002. Romário fez três.

“Mais do que a importância da história do Maracanã é o torcedor carioca, que tem uma maneira diferente de torcer e transmitir uma grande alegria. Tanto que esgotaram 70 mil ingressos em poucos dias para ver a Seleção Brasileira jogar”, acrescentou Dunga. Depois da partida contra o Equador, a seleção volta a jogar em casa em novembro, no Morumbi, contra o Uruguai.