Menina de 10 anos é portadora de paralisia cerebral
Uma criança de 10 anos, com paralisia cerebral, internada na UTI pediátrica do Centro Hospitalar Municipal de Santo André, teve o braço quebrado sábado. Jhulyanni Hellen Nunes Fukuda está no CHM desde 31 de março e respira com auxílio de aparelhos devido a complicações após pneumonia.
A avó e tutora da menina, Zilda Pastre, 55, conta que observou que o braço esquerdo da neta estava inchado entre o cotovelo e ombro no sábado, mas só comunicou os enfermeiros no domingo, quando foi realizada radiografia e constatada fratura. "Foi pedido exame para observar se a fratura foi por falta de cálcio, mas naquele dia os médicos descartaram essa hipótese", diz.
Após o episódio, Zilda procurou a ouvidoria do hospital para reclamar e, como resposta da diretoria, a auxiliar de enfermagem que cuidava de Jhulyanni na data da fratura passou a não prestar atendimento à paciente. "Não temos certeza se foi essa profissional a responsável, mas decidi denunciar para que isso não aconteça com outras pessoas", destaca a avó.
Zilda acredita que houve descuido com a neta durante o banho, no entanto, revela já ter flagrado a falta de jeito de outros profissionais em algumas oportunidades. "Algumas vezes vejo que ao invés de usarem o lençol para virar a menina (neta), os auxiliares de enfermagem a seguram pelo braço, o que pode machucar, porque minha neta é gordinha", observa.
Em resposta, a Prefeitura de Santo André informou que a paciente, portadora de encefalopatia crônica não evolutiva (paralisia cerebral) grave, está acamada e traqueostomizada em ventilação mecânica e apresenta descalcificação, escoliose acentuada e hipertonia difusa intensa (aumento da rigidez muscular), sendo medicada com miorrelaxante (relaxante muscular) para sistema nervoso central. A nota destaca ainda que, após avaliação ortopédica, a paciente evolui de forma estável, mantendo os parâmetros vitais, não fazendo uso de antimicrobianos (medicamentos utilizados para tratamento de infecções).
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