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Quatro deputados mantêm renúncia ao Conselho de Ética
Do Diário OnLine
06/04/2006 | 18:30
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Mesmo com o apelo do presidente Ricardo Izar (PTB-SP), quatro deputados mantiveram a decisão de deixar a vaga no Conselho de Ética da Câmara, em protesto pela absolvição de João Paulo Cunha (PT-SP). São eles: Júlio Delgado (PSB-MG), Chico Alencar (PSOL-RJ), Orlando Fantazini (PSOL-SP) e Cezar Schirmer (PMDB-RS).

Durante o dia, nove deputados apresentaram um pedido coletivo de renúncia do Conselho, mas após um apelo de Izar, alguns decidiram permanecer no cargo até a votação dos dois últimos processos contra parlamentares suspeitos de envolvimento no esquema do 'mensalão'.

Izar (PTB-SP) pediu aos parlamentares que não 'abandonem o barco' antes de encerrados os processos contra Vadão Gomes (PP-SP) e José Janene (PP-PR). O presidente do Conselho criticou a atitude "precipitada" dos colegas e pediu a eles "não fujam da raia". Ficarão no cargo Nelson Trad (PMDB-MS), Benedita de Lira (PP-AL), Carlos Sampaio (PSDB-SP), Edmar Moreira (PFL-MG) e Marcelo Ortiz (PV-SP).

Com saída de Alencar e Fantasini, o PT ficará com mais duas vagas no Conselho, já que os dois eram do partido quando foram indicados e depois mudaram para o PSOL. No caso de Delgado, o PPS poderá indicar outro deputado – ele migrou depois para o PSB.

Impotência – Ao comunicar sua renúncia, Cezar Schirmer,  relator do processo por quebra de decoro contra João Paulo Cunha, disse não ver sentido em sua permanência no Conselho de Ética, já que o plenário ignora todo o trabalho realizado pelo grupo — das nove recomendações de cassação, o plenário acatou apenas três. "O sentido (da renúncia) é de protesto, de manifestar nossa inconformidade com o que está acontecendo. Minha sensação é de impotência, desalento e desencanto", disse.

Já Delgado declarou que "o Conselho não tem os seus trabalhos respaldados pelo plenário e, em função disso, nós não temos mais porque ficar fazendo uma papel meramente encenatório".



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