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Indústria farmacêutica cobra rapidez em reforma tributária
Segundo líderes, setor é terceiro em ranking dos maiores pagadores de impostos no País
Da Redação
05/08/2022 | 08:43
A terceira reunião do Fórum da Indústria do Grande ABC, realizada ontem, na sede da Fundação Santo André, contou com a discussão atual do cenário da Indústria Farmacêutica e de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosmético. Foram apresentados desafios que surgiram como demandas para o Fórum e também de soluções, no sentido de oportunidades para a região.
O recorte feito pelo advogado do Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos), Renato Rezende, apresentou os principais desafios do setor, com destaque para a tributação. “Hoje a indústria farmacêutica é muito dependente de insumos internacionais e temos que mudar isso. O grande vilão de toda indústria acaba sendo a carga tributária, que é muito elevada também no nosso setor. Esses altos impostos são somados à questão da burocracia, onde o ramo farmacêutico gasta 1.500 horas de trabalho por ano só para pagar impostos, enquanto nos outros países o número é bem menor”, disse.
Rezende também ressaltou a força da região para atrair as indústrias do ramo. “Uma solução tem que vir da própria região e, nesse sentido, acreditamos que a Agência de Desenvolvimento pode buscar atrativos para que a Indústria volte para o (Grande) ABC, nós estamos à disposição para contribuir com isso.”
Karla Brandão, diretora de Gestão, Comunicação e Marketing da ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), também citou a tributação como a grande dificuldade do setor, além da sustentabilidade. “A reforma tributária é prioridade, nós somos o terceiro setor mais tributado do País, bem como a questão da necessidade de investimentos em sustentabilidade e descarbonização da economia”, comentou.
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