Os sete Procons do Grande ABC registraram aumento no atendimento de consumidores em 2009 de até 60% quando comprado ao ano anterior.
A maior aceleração econômica do País no ano passado, auxiliada pela desoneração fiscal em produtos da linha branca (geladeira, fogão, tanquinhos e lavadoras), móveis e carros deflarou uma corrida de clientes aos órgãos da região, mas, segundo coordenadores isso não reflete, necessariamente, maior consciência cidadã pela busca dos direitos.
"Tivemos aumento de 60% na demanda em Ribeirão Pires, mas no ano passado, aumentamos o prazo de atendimento. Antes, recebíamos reclamações só de manhã, agora, trabalhamos período integral", conta a diretora do Procon da cidade, Marcia Antico Barbosa.
Em Rio Grande da Serra, onde a coordenadora do órgão Maria Luiza Moia trabalha sozinha, também houve mais movimento. "Atendemos, em média, 30% mais pessoas no ano passado. Acho que aqui os consumidores estão mais conscientes e buscando conhecer mais as leis sobre seus direitos", avalia a profissional.
São Caetano, Diadema e Mauá também registraram mais pessoas procurando o local. O aumento foi de 30%, 20% e 25%, respectivamente. "Tentamos também conscientizar os consumidores. Nem todas as pessoas que estiveram no Procon registraram queixas. queriam apenas conhecer mais sobre um serviço ou outro', explica o coordenador de Mauá, José Manoel de Lira.
CRÉDITO
Apesar de ter registrado 53% crescimento na procura pelo Procon de Santo André, a coordenadora do local, Ana Paula Satcheki não dá crédito aos compradores. "Não sei se foi um aumento na consciência do consumidor de buscar seus direitos ou se foram as empresas que pioraram o atendimento até chegar a um nível insustentável para os clientes", avalia.
Os diretores refletem que ainda falta à população local mais empenho para prosseguir com as queixas até o fim. "As pessoas falam muito que conhecem seus direitos e que vão procurar ajuda. Até conhecem, mas não chegam até o Procon", diz o coordenador de São Caetano Alexandre Rudolfo de Souza Guirão.
De acordo com os profissionais, o medo da burocracia no atendimento compromete a busca de solução no órgão. "Mas isso não se reflete. Temos conseguido atender todos os pedidos em tempo recorde", pontua a coordenadora de Santo André.
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