Intervenção integra projeto do Complexo Viário Santa Teresinha, que é a aposta da administração para atrair investimentos
Maior obra de mobilidade urbana em Santo André nos últimos 50 anos, o Complexo Viário Santa Teresinha avança. O prefeito Paulo Serra (PSDB) vistoriou ontem a primeira fase das obras, que consiste na recuperação da estrutura do Viaduto Castelo Branco. As intervenções são necessárias para que o elevado suporte o aumento do tráfego previsto na inauguração do projeto.
“É uma das obras mais aguardadas da história da cidade, e vai fazer uma diferença enorme. Para o morador, mas também para a própria cidade”, declarou o prefeito. Paulo Serra lembrou que o complexo servirá para atrair investimentos: “Justamente por estarmos estrategicamente posicionados entre o Porto de Santos, Rodoanel e o maior aeroporto do País”.
Quatro dos 20 pilares já passaram por recuperação estrutural. Após a primeira fase, a ponte e a passarela atuais deverão ser demolidas. O processo será executado de forma controlada, para evitar que entulhos caiam no leito do Rio Tamanduateí. “Temos também um diálogo com a comunidade. Temos pessoas debaixo do viaduto. (Espero) Que a gente consiga desocupar o mais rápido possível para liberar para a empresa tocar a obra”, conta o secretário de Mobilidade Urbana, Almir Cicote.
As obras do Complexo Santa Teresinha são divididas em fases e têm o objetivo de eliminar cruzamentos da Avenida dos Estados com a saída do viaduto Presidente Castelo Branco e a travessia do Rio Tamanduateí. No eixo Castelo Branco circulam, aproximadamente, 120 mil veículos por dia. Os ganhos projetados nos tempos de viagens podem chegar a 300% se comparados com as medições atuais.
Com a criação das novas alças elevadas será possível reduzir o número de cruzamentos em nível e melhorar a fluidez dos motoristas que trafegam nos dois sentidos do Viaduto Castelo Branco para acessar o primeiro e segundo subdistritos. Além disso, as novas pistas do Complexo Santa Teresinha vão contar com acessibilidade para pedestres e ciclistas, para garantir maior segurança viária, além da criação de um parque linear sob os viadutos.
As obras de remodelação e reforço estrutural do Castelo Branco possuem duas fases, sendo que a atual, a um, engloba a recuperação estrutural do elevado e a implantação de equipamentos de segurança que reduzem a gravidade de eventuais acidentes. A segunda etapa, de reforço estrutural, vai aplicar fibras de carbono ao viaduto.
O complexo vai facilitar a ligação da Anchieta com a Avenida dos Estados, já que as vias ligam a Refinaria de Capuava, do Porto Seco de Santo André e de empresas junto ao Porto de Santos. Além disso, vai favorecer os usuários da Linha 10-Turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), facilitando a mobilidade dos passageiros.
A construção do complexo deve ficar pronta em 20 meses, ou seja, até outubro de 2023. Serão investidos US$ 50 milhões nas intervenções (cerca de R$ 260 milhões), sendo que metade deste valor será custeada pelo município e a outra parte foi obtida por meio de financiamento junto ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
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