Economia Titulo Inflação
Aumento de preços é sentido pela maioria dos brasileiros

Pesquisa mostra que 93% dos entrevistados relatam a elevação no custo dos produtos, principalmente de alimentação, desde o início do ano

Da Redação
19/06/2022 | 00:01
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Claudinei Plaza/DGABC


Efeito maior da inflação, a alta generalizada de preços é sentida pela maioria dos brasileiros. Pesquisa feita pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos) mostra que para 93% dos dos entrevistados o preço dos produtos aumentou ou aumentou muito em relação ao início do ano. Da mesma forma, oito em cada dez dos participantes apontam que o consumo de alimentos e outros itens do abastecimento doméstico é o item que mais tem sido impactado.

“A inflação é o inimigo número 1 do Brasil. É um fenômeno mais sério aqui porque, há nove meses consecutivos, anualizada, vem ultrapassando a faixa dos dois dígitos. Além disso, está bastante disseminada e vem atingindo sobretudo as classes menos favorecidas. É mais sério também porque a inflação tem fatores estruturais, que estão entre nós, como o quadro fiscal débil que, vez por outra, volta a inspirar cuidados”, diz Isaac Sidney, presidente da Febraban.

A recuperação econômica ainda está longe do horizonte dos brasileiros. Metade dos entrevistados (51%) acredita que a sua vida financeira e familiar só irá se recuperar após 2022 ou isso sequer acontecerá. Quando pensam na recuperação da economia do País, é mais elevado o contingente de pessimistas (77%). Alinhados com esse sentimento, 66% têm expectativa negativa também no que se refere ao crescimento do País.

A pesquisa foi realizada com 3.000 pessoas, entre os dias 21 de maio a 2 de junho, nas cinco regiões do País. Considerando um horizonte mais favorável, em que haja disponibilidade de recursos extras no orçamento doméstico, as preferências dos entrevistados recaem na compra ou reforma de imóvel – 31% disseram que comprariam um imóvel e 16% que reformariam a casa – e por investimentos bancários – 20% aplicariam o dinheiro na poupança e 18% em outros investimentos bancários.

A indicação de investimentos bancários como destino de eventuais recursos financeiros excedentes converge com o elevado grau de confiança no setor (57% confiam nos bancos). O entendimento preponderante é o de que os bancos têm dado uma contribuição positiva para o desenvolvimento da economia (54%), o enfrentamento da pandemia (50%), a geração de empregos (46%), a melhora da qualidade de vida das pessoas (45%), e os negócios e atividades profissionais dos entrevistados (44%).

Cresceu também o percentual daqueles que já foram vítimas de golpes e fraudes envolvendo instituições bancárias, chegando a um terço dos respondentes. Mas a grande maioria (68%) declarou não ter sido vítima de golpes ou fraudes. Dentre os crimes mais frequentes, a clonagem ou troca de cartão é citado por 64%.

Ainda sobre o tema, 52% dizem já ter recebido comunicação do banco instruindo sobre golpes e 90% apontam a importância de tais materiais como alerta e prevenção.




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