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Manifestação busca justiça por ciclista morto em rodovia

Grupo irá se reunir amanhã no Paço de São Bernardo e visa chamar atenção para caso do jovem de 23 anos que foi atropelado na Índio Tibiriçá

Thainá Lana
Do Diário do Grande ABC
11/06/2022 | 00:01
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Arquivo pessoal


Amigos e familiares do jovem ciclista Victor Hugo Ribeiro Gonçalves, 23 anos, que foi atropelado enquanto pedalava no acostamento da Rodovia Índio Tibiriçá, em São Bernardo, lutam por justiça. Para chamar atenção do poder público e da sociedade civil sobre a segurança no trânsito, amanhã será promovido, no Paço de São Bernardo, protesto com mais de 300 pessoas confirmadas. Além da conscientização, o movimento pede que o julgamento do caso seja realizado por júri popular e alegam que o caso não foi acidente.

Para reunir a maior quantidade de participantes, amanhã haverá três pontos de encontro, sendo o primeiro na Câmara Municipal de São Caetano, com saída às 7h30 e os outros dois no Espelho D’Água, em Santo André, e na Praça Lauro Michels, em Diadema, com saída prevista às 8h. Após o encontro no Paço de São Bernardo, marcado para às 9h, o grupo deve seguir pela Avenida Faria Lima até o bairro de Ferrazópolis e depois retornar novamente para o Paço. A expectativa que é o movimento reúna mais de 300 pessoas de bicicleta e de carro. 

O caso do ciclista ocorreu no início de fevereiro e, segundo depoimento de testemunha, na primeira audiência virtual realizada em maio, o veículo estava em alta velocidade tirando racha com outro carro quando atropelou dois ciclistas, Victor Hugo, que morreu em decorrência do impacto, e Erivelto Amaral Lopes, que chegou a ser internado em estado grave, mas se recuperou. O motorista está detido em prisão preventiva desde fevereiro no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Mauá. 

Na próxima quarta-feira, dia 15, será realizada a segunda audiência com depoimento de três testemunhas: Erivelto Amaral Lopes (ciclista atropelado) e duas pessoas (não identificadas) que estavam presentes no local na hora do acidente. Mãe do Victor, Edilsa Sebastiana Borges Ribeiro, 46, acredita que o caso não foi acidente porque, segundo ela, o motorista acusado dirigia em alta velocidade (bem acima da permitida) e o filho pedalava no acostamento no momento em que foi atingido. 

“O caso do meu filho não vai ficar impune. Vou lutar com todas as minhas forças para que o motorista seja condenado e pague por ter tirado a vida do meu filho. Quem quiser participar da manifestação será muito bem-vindo, estou unindo forças com outras mães, filhos, ciclistas e quem quiser ajudar na luta contra impunidade e para que nenhuma família passe pelo que a minha está passando. Minha vida não tem a mesma importância depois da morte do meu filho”, desabafa a mãe.

Essa será a segunda vez que familiares promovem protesto para pedir justiça pelo caso. Uma semana após o acidente, mais de 80 grupos de ciclistas participaram de manifestação contra a morte do Victor Hugo. O movimento, chamado de Pedal Protesto, contou com a participação de 2.000 pessoas, que percorreram a Avenida Brigadeiro Faria Lima até a Rua Marechal Deodoro, em São Bernardo, com bexigas brancas em homenagem ao jovem atropelado. 

Além da passeata, o movimento também instalou no local do acidente uma bicicleta, pintada de branco e com a data de nascimento e de óbito do rapaz. 




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