Quatro anos depois de lançar seu primeiro disco solo, Miração, de 2018, o contrabaixista e compositor Stefano Moliner anuncia a chegada de Apotheosis. As músicas, divididas em seis temas, são todas instrumentais. O segundo trabalho autoral do artista de Santo André deve chegar ao mercado no segundo semestre.
Seguindo a temática do álbum anterior, o novo disco do andreense aborda o esoterismo, o ocultismo e a metafísica. O músico diz ter buscado inspiração em conceitos teosóficos e da Thelema, a filosofia religiosa baseada no princípio de que a vontade do indivíduo é a única lei, além das culturas ancestrais, como o budismo e a mitologia suméria.
Apotheosis, segundo Stefano Moliner, é um álbum conceitual que aborda a ideia da jornada de evolução individual humana, alcançando ao fim de árduo e longo processo, seu esplendor cósmico, a apoteose em si, o status de Deus.
Sobre as influências musicais do novo trabalho, o compositor cita uma amálgama da experiência e pesquisa de toda sua jornada musical, permeada pelos trabalhos de Hermeto Pascoal, Wayne Shorter, John Coltrane, Milton Nascimento, Weather Report, Yes, Mahavishnu Orchestra, Black Sabbath e, mais recentemente, Olivier Messiaen.
O álbum é dividido em seis temáticas: Pralaya, Naturante, Estrela da Manhã, Anima Mundi, Apoteose e Maitreya Namaskara. O contrabaixista recebe o apoio de Fábio Leal na guitarra, Rodrigo Digão Brás dos Santos na bateria, Jonathan Vargas no piano e Cássio Ferreira nos saxofones e na flauta. Na última temática, a percussão fica a cargo de Emílio Martins.
Com o projeto viabilizado por meio da Lei Aldir Blanc de incentivo à cultura de Santo André e gravado no estúdio da Umbilical Records pelo produtor musical Magi Batalla Rodriguez, Stefano Moliner pretende apresentar o novo repertório ao vivo no maior número de lugares possível, além de difundi-lo nas plataformas digitais e mídias destinadas à música e à arte.
A música surgiu na vida de Stefano Moliner no início dos anos 1980, quando ganhou da mãe um disco da banda norte-americana Kiss. Ficou encantado. O presente mudou sua vida. Quanto mais ouvia as faixas, mais queria se dedicar à arte. Conheceu, então, o rock progressivo e, tempos depois, o jazz de Jaco Pastorius e de John Coltrane. Apaixonou-se.
Quase quatro décadas depois, Stefano Moliner segue com ouvido eclético para criar seu repertório musical. Quem já ouviu trechos das composições de Apotheosis, como o jornalista e produtor cultural Vinícius Castelli, classifica-as de sensacionais: “Acho que ele foge absolutamente de qualquer estereótipo comercial e se mostra ainda mais maduro do que no disco de estreia”.
“É motivo de comemoração este álbum do Estufamo, baixista e compositor de marca maior. Mostra que a inspiração e a matemática se somam. Stefano está à frente com sua música, que é do mundo”, afirma Bocato, trombonista são-bernardense. “As composições se conectam conosco à primeira audição como velhas amigas que nos presenteiam com mimos. Apotheosis é prato que nos alimenta corpo e alma”, finaliza Carlos Lopes, guitarrista e cantor da banda Dorsal Atlântica.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.