O grupo é formado por Ana Cláudia César (cavaquinho), Gabriela Machado (flauta transversal), Paola Picherzky (violao) e Roseli Câmara (percussao). Com arranjos próprios, o repertório das Choronas mistura obras consagradas com músicas menos conhecidas.

Atraente, a base do espetáculo, traz composiçoes dos grandes mestres do choro. Pixinguinha (e seu partner musical Benedito Lacerda), Jacob do Bandolim, Waldir Azevedo e a pioneira Chiquinha Gonzaga ganham interpretaçoes do quarteto.

Além de Brasileirinho e Carioquinha, de Waldir Azevedo, que nao estao no CD, o público ouvirá outros clássicos do choro, como Atraente e Gaúcho Corta-Jaca, de Chiquinha Gonzaga. Noites Cariocas e Receita de Samba, de Jacob do Bandolim, e Um a Zero e Urubata, de Pixinguinha e Benedito Lacerda, também estao no repertório. O toque contemporâneo vem de Bebê, de Hermeto Paschoal, e Meu Caro Amigo, de Francis Hime e Chico Buarque.

Duas choronas nao têm formaçao musical popular. Gabriela e Paola iniciaram-se na música pelo meio erudito. Gabriela toca em duas orquestras, a Sinfônica de Santo André e a da Rádio e Televisao Cultura. Paola leciona na Universidade Livre de Música.

Esse é um dos fatores que diferencia as Choronas. "Isso dá mais liberdade para experimentar arranjos novos, que os choroes tradicionais nao arriscam", diz Gabriela. Para ela, a sensibilidade feminina "cria sutilezas na interpretaçao que nao existem nos quartetos masculinos".

Considerado por muitos como o jazz brasileiro, o choro guarda, de fato, muitas semelhanças com o bebop, movimento fundado no início dos anos 40 por músicos do porte de Charlie Parker, Dizzie Gillespie e Thelonious Monk. O improviso e o andamento rápido sao características comuns aos dois gêneros musicais.

Além da apresentaçao na praça Rui Barbosa, que integra o Projeto Praça e Palco, da Escola Livre de Teatro de Santo André, há outra às 20h no Teatro Lauro Gomes, em Sao Bernardo.