Economia Titulo Sindicato
Químicos do Grande ABC
aprovam reajuste salarial de 9%

Categoria, que soma 39 mil funcionários na região, aceitou
ainda 10,11% de reajuste no piso e 10,61% no mínimo da PLR

Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
12/11/2011 | 06:25
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Os trabalhadores químicos aprovaram, na noite de ontem, a proposta patronal de reajuste de 9% nos salários (2,04% de aumento real e 6,06% de reposição da inflação). A categoria, que soma 39 mil funcionários na região, aceitou ainda 10,11% de reajuste no piso, passando de R$ 815 para R$ 980, e 10,61% no valor mínimo da Participação nos Lucros e Resultados (agora para R$ 730). A data base é em 1º de novembro.

Com o reajuste de 9% serão injetados R$ 9 milhões por mês na economia da região, o que contribui com o dinamismo das atividades no comércio e nos serviços instalados entre as sete cidades. "A aprovação foi unânime. E não poderia ser diferente, frente aos índices conquistados pela categoria. Diante do cenário mundial, com a crise financeira solta, fomos bem-sucedidos na campanha", conta o presidente do Sindicato dos Químicos do ABC, Paulo Lage.

Vale lembrar que o índice é válido para salário cujo teto é de R$ 6.841,68. Funcionários que recebem acima do teto terão direito a valor fixo de R$ 615,75.

Em 2010, a categoria assinou acordo coletivo de 8% de aumento salarial; reajuste de 9,2% no piso e 10% no valor mínimo de PLR.

 

ACUMULADO - O ganho real acumulado entre 2005 e 2011 nos salários é de 13,8%. No piso salarial, esse aumento sobe para 22,5%. E a PLR mínima avançou 28,1% desde 2005.

Para Lage, as conquistas ao longo dos anos expressam sintonia com a retomada do crescimento econômico no Brasil a partir do governo Lula. "Além de repor a inflação, avançamos muito para melhorar o poder de compra da categoria. Nosso piso salarial, que agora chega a R$ 980, é um dos maiores do Brasil. É importante recordar que ao final do governo FHC, em 2002, nosso piso estava em apenas R$ 480".

 

HISTÓRICO - Na pauta de reivindicações que foi entregue aos empresários do setor em setembro, os funcionários pediam correção de 13% nos salários, o que corresponde a 6% de ganhos reais no ano. Além disso, reivindicavam aumento do piso para R$ 1.200, melhoria nos valores pagos de horas extras, passando ao equivalente a 80% do quanto eles recebem por dia durante a semana e a 130% nos dias de descanso.

Quanto à jornada de trabalho, a classe trabalhista luta pela redução de carga horária, de 44 horas semanais, para 40 horas. "Diante de inflação alta, conseguimos bom índice junto aos empresários. Mesmo assim, superamos o que foi conquistado no ano passado", argumenta o dirigente sindical.




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