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Arafat explica a Al Fatah porque aceita plano israelense
Da Agência EFE
08/08/2002 | 09:41
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O líder palestino Yasser Arafat explicou nesta quinta-feira aos membros do Comitê Central do movimento Al Fatah a decisão do Gabinete Nacional palestino de aceitar um plano israelense no qual está obrigado a acabar com a resistência contra Israel.

O plano, apresentado no domingo pelo ministro da Defesa de Israel, Benjamin Ben Eliezer, ao ministro do Interior da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Abdel Razek Al-Iejie, promete a transferência gradual do controle das regiões palestinas autônomas ocupadas pelo Exército do país para o governo de Arafat.

O líder do Al Fatah na Cisjordânia, Hussein a-Shej, também criticou a decisão do Gabinete Nacional pois, na sua opinião, a aprovação ao plano israelense aprofundará as rixas internas e poderá gerar uma guerra civil.

Segundo o plano israelense, a desocupação das regiões autônomas palestinas, que começará pela Faixa de Gaza e poderá continuar em algumas cidades atualmente ocupadas na Cisjordânia, como Belém e Hebron, dependerá do comprometimento dos organismos de segurança da ANP de impedir "ataques terroristas" contra esse país, e desarmar a resistência.

As negociações concretas, que começaram na noite desta quarta entre representantes dos organismos de segurança das duas partes, foram concluídas de madrugada sem resultados, segundo fontes palestinas.

Nabil Abu Rudeina, um assistente de Arafat, atribuiu o fracasso ao fato de a delegação israelense "impor novas condições" e se nega a deixar Belém na primeira etapa da retirada em ordem de tropas, que seria limitada à área de Gaza.l No entanto, disse que as negociações serão mantidas.

As negociações, que devem ser retomadas no início da próxima semana, acontecem paralelamente à "guerra do desgaste", protagonizada pelos dois grupos. Nesta quarta-feira, seis ativistas palestinos foram mortos na Cisjordânia e em Gaza. Nesta quinta, um jovem de 17 anos, em Beit Lahia, foi internado com graves ferimentos, por causa dos confrontos contra o Exército israelense.

Outros seis palestinos ficaram feridos e 30 supostos ativistas da Intifada foram detidos em Gaza e na Cisjordânia, onde o Exército israelense também destruiu as casas dos dois suicidas, a do chefe de outros e de um fornecedor de explosivos.




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