Equipamentos usam sensor ativo de detecção capaz de produzir imagens de alta resolução
O foguete Falcon 9, da empresa SpaceX, colocou em órbita ontem dois satélites de SRR (Sensoriamento Remoto Radar) projetados pela FAB (Força Aérea Brasileira). O lançamento ocorreu por volta das 15h30 (de Brasília), no Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral (Flórida), nos Estados Unidos. Os equipamentos, batizados de Carcará I e Carcará II, fazem parte do Projeto Lessonia 1, da FAB, e consistem na aquisição de uma constelação de satélites de órbita baixa.
<Eles serão usados pelo Censipam (Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia), operado em conjunto pelas Forças Armadas e por agências governamentais. Segundo a FAB, os equipamentos usam um sensor ativo de detecção capaz de gerar imagens de alta resolução, que podem ser obtidas a qualquer hora do dia e da noite, independentemente das condições meteorológicas, já que o sinal atravessa as nuvens.
“A ideia é vigiar as fronteiras e combater o tráfico de drogas, a mineração ilegal e as queimadas florestais. Também será possível monitorar desastres naturais e atualizar os mapas da região amazônica”, informou a Aeronáutica. Cada satélite tem dimensão de um metro cúbico, pesa cerca de 100 quilogramas e contam com cinco painéis solares.
A SpaceX é uma empresa do bilionário norte-americano Elon Musk, atua no mercado de lançamentos espaciais comerciais. O empresário também é presidente da Tesla, maior fabricante de carros elétricos do planeta. Na última sexta-feira, Musk esteve no Brasil e se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro (PL), ministros e empresários. No encontro, eles conversaram sobre uma parceria do governo brasileiro com o projeto de conectividade sub-orbital Starlink, vinculado à SpaceX. De acordo com Musk, a ideia é viabilizar a conexão de 19 mil escolas brasileiras usando o sistema de satélites de internet.
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