Economia Titulo Dinheiro
Metalúrgicos injetarão
R$ 419 milhões de 13º

Valor é 17,6% maior que o recebido no mesmo período do
ano; crescimento também se deu pelo aumento de empregos

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
12/11/2011 | 07:24
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Os trabalhadores de empresas metalúrgicas de São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, que fazem parte da base do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, vão injetar R$ 419 milhões na economia com o recebimento do 13º salário neste fim de ano.

O valor é 17,6% maior que o recebido no mesmo período do ano passado (R$ 355,3 milhões). O crescimento se deu não apenas em consequência de reajustes obtidos pela categoria em 2010 - as montadoras deram no ano passado aumento de 10,8% -, mas também pelo aumento do número de empregos. No ano passado, eram 102,8 mil trabalhadores e, neste ano, já são 108 mil.

Desse total, que ajudará a movimentar o comércio da região, 72,5% (R$ 303,9 milhões) são referentes ao segmento automobilístico: cerca de R$ 226 milhões serão de empregados de montadoras e, em torno de R$ 77 milhões, de indústrias de autopeças.

Esses números foram calculados pelo Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas, com base em dados do Ministério do Trabalho e Emprego, e não incluem autônomos, assalariados sem carteira ou trabalhadores com outras formas de inserção no mercado. Também não envolvem valores de abonos.

Também não é considerado no estudo o adiantamento da primeira parcela do 13º salário ao longo do ano nem os casos de categorias que o recebem antecipadamente por acordo ou convenção coletiva.

Procurados pela equipe do Diário, os sindicatos dos metalúrgicos ligados à Força Sindical na região não disponibilizavam de dados referentes ao pagamento do 13º salário.

 

PAÍS E ESTADO - No Estado de São Paulo, o setor metalúrgico vai pagar o montante total de R$ R$ 3 bilhões de 13º salário (considerando todas as centrais sindicais). Em todo o País, serão R$ 5,7 bilhões.

Apenas os da base da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT correspondem a R$ 2 bilhões, ou seja, 34% de todo o recurso pago pelas empresas do ramo a essa categoria no Brasil; algo em torno de 0,05% do Produto Interno Bruto previsto para 2011.

Para o presidente da CNM-CUT, Paulo Cayres, o dado mostra a força dos trabalhadores em companhias onde existe a organização no local de trabalho. Ele destaca ainda que a base do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que registra o maior montante a ser pago pelas empresas em 13º entre as entidades filiadas à confederação no Brasil, é uma demonstração disso. "Em termos de organização no local de trabalho, é o mais avançado no País", afirma. Nos municípios abrangidos pela entidade, as representações estão em 89 empresas, que somam 85% dos empregos do segmento.

 

 

Consumidores estão inseguros em relação ao uso do dinheiro

 

Pesquisa nacional realizada pela Ipsos em parceria com a Associação Comercial de São Paulo, aponta que o consumidor está confiante, mas, ao mesmo tempo, está mais inseguro para gastar, em função das incertezas do cenário econômico.

Isso reflete no levantamento da entidade em relação ao uso do 13º salário neste fim de ano. Enquanto 28,9% dos entrevistados dizem que vão pagar dívidas, 27,8% afirmam que não sabem ainda o que vão fazer com o dinheiro. É bem mais que os 18,2% do ano passado.

Para o consultor financeiro Vicente Sevilha Júnior, é importante que o consumidor destine parte dos recursos para quitar ou amortizar (reduzir) débitos e também leve em conta despesas que terá no início do ano seguinte, como matrícula escolar e IPVA.




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