Capacitação necessária
Do Diário do Grande ABC
23/05/2022 | 09:02
Parecer do CNE (Conselho Nacional de Educação) datado de março determina que as redes de ensino no Brasil incluam no currículo a disciplina de tecnologia. Trata-se de medida bem-vinda, alinhada aos desafios contemporâneos. O documento estipula o prazo de um ano para que as escolas se organizem para oferecer as aulas aos estudantes. É neste período que gestores educacionais, das esferas federal, estadual e municipal, devem criar as condições para que as novas regras de ensino sejam adequadamente fornecidas aos alunos, de modo que o corpo discente possa usufruir da melhor maneira possível da inovação que ora lhe é assegurada.
O Grande ABC já trilha o caminho do ensino da tecnologia em sala de aula. Em algumas cidades da região, como no caso de São Caetano, a determinação do CNE, colegiado que integra a estrutura do Ministério da Educação, chega atrasada, já que as escolas da rede municipal, até mesmo as de ensino infantil, trabalham a temática, inclusive com o auxílio de modernos equipamentos, já há algum tempo. O posicionamento do conselho nacional garantirá, porém, que o avanço seja democratizado entre todos os colégios.
Para que isso aconteça, todavia, será preciso fazer investimentos na compra de aparelhos e na capacitação de professores. Como bem observou o especialista no assunto Leandro Holanda, em reportagem sobre o tema publicada nesta edição do Diário, de nada adianta criar as diretrizes se não há gente qualificada para implantá-la. “Não basta ter o recurso, é preciso aplicá-lo de forma correta”, segundo suas palavras. Sábias colocações, diga-se.
O especialista tocou em ponto fulcral, que expõe um dos principais motivos do atraso da educação nacional. Existem no Brasil condições suficientes para colocar o País entre os mais avançados nos indicadores de ensino. Mas por que, tendo CNE tão zeloso e 25% dos recursos do orçamento da União, a aprendizagem não avança? Certamente porque falta capacitação a quem ensina. Professores precisam aprender constantemente para não falhar na missão de ensinar.
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