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Precisamos falar do câncer de ovário
Do Diário do Grande ABC
17/05/2022 | 23:59
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No ano de 2013 foi instituído o mês de conscientização do câncer de ovário. No entendimento dos especialistas à época, era necessário trazer mais destaque sobre a doença, incidência, sintomas e tratamentos. Diferentemente de muitos cânceres ginecológicos, o tumor de ovário é silencioso e não possui exame específico. Cerca de 75% dos casos ainda são diagnosticados tardiamente. Entre os sintomas sentidos pelas pacientes durante o crescimento do tumor estão: pressão, dor ou inchaço no abdômen, pelve, costas ou pernas, náuseas, gases, mudanças na atividade intestinal (constipação ou diarreia) e cansaço constantes.

Mas o que as pacientes devem fazer? Além de manter consultas regulares com seus médicos ginecologistas, elas precisam buscar informações sobre o histórico familiar. Algo muito importante neste caso são as mutações dos genes BRCA (Breast Cancer) 1 e BRCA 2. As duas siglas ficaram conhecidas quando a atriz Angelina Jolie informou que se submeteria a uma mastectomia. No caso do câncer de ovário, entre 10% e 15% das pacientes apresentam mutação no BRCA.


Até pouco tempo a linha de tratamento do câncer de ovário restringia-se à cirurgia de retirada do tumor e quimioterapia, utilizadas em momentos diferentes e cíclicos. Mas nova classe de tratamento, os inibidores de Parp (Poli ADP-ribose polimerase – para o tratamento do câncer), vem mostrando resultados positivos em abordagens de manutenção para esse tipo de neoplasia, tanto em mulheres sem ou com mutações nos genes BRCA 1 e BRCA 24.


Aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o niraparibe é medicamento oral que integra esse novo grupo de terapias oncológicas inovadoras. Indicado para pacientes com câncer de ovário recém-diagnosticadas ou nas quais a doença retornou, que fizeram quimioterapia à base de platina e tiveram resposta completa ou parcial a esta terapia, o tratamento tem eficácia e segurança respaldadas por dois importantes estudos clínicos publicados no The New England Journal of Medicine: o Prima e o Nova, em 2019 e 2016, respectivamente.


Segundo resultados do Prima, estudo realizado em pacientes recém-diagnosticadas com câncer de ovário, o medicamento apontou redução de 38% do risco de progressão da doença ou morte na população geral, e 60% na população com mutação no gene BRCA.


Apesar dos medicamentos transformacionais em oncologia, ainda existe um impasse quando falamos em acesso. Para saberem melhor, recomendo que as mulheres procurem as associações de pacientes e seus respectivos médicos para mais informações.

Daniela de Freitas é médica oncologista do Hospital Sírio-Libanês.


PALAVRA DO LEITOR

Sabesp – 1
Minha vizinha pediu ligação de esgoto na Rua Guadalupe, número 466, casa 1, no Parque das Nações, em Santo André, e até hoje não foi atendida. O agravante é que ela precisa desocupar a casa onde mora. Que descaso!
Antônio Knoll Filho
Santo André


Sabesp – 2
A Sabesp tem se esmerado no item da péssima qualidade dos serviços prestados (Sabesp deixa moradores de São Bernardo oito dias sem água). Além da vergonhosa desqualidade no abastecimento de água e consequente qualidade, também é useira e vezeira na conclusão de seus serviços pelas ruas. As restaurações do piso das ruas não passam de uma vergonha, para não dizer incapacidade de prover-se em qualidade.
Beto Cesar
do Facebook


Reciprocidade
A ditadura do Judiciário funciona sob qualquer insignificante pretexto mais como eficiente partido político contra o governo com o objetivo de, no mínimo, atazaná-lo e, quem sabe, até inviabilizar a reeleição, sob tácita cumplicidade do Senado, que tem obrigação de agir quando há transgressão à Carta Magna. Há congressista que, ao invés de atuar no Legislativo, recorre ao Judiciário, que prontamente acata, desde que seja contra o governo, enquanto mofam nas gavetas da Justiça processos contra legisladores amigos. Presumindo aquela reciprocidade: não mexa comigo e eu não mexo com você.
Humberto Schuwartz Soares
Vila Velha (ES)


Nas ruas
Reportagem veiculada neste Diário mostrou o quadro desolador de região que já foi protagonista industrial no País (Setecidades, dia 16). O Grande ABC está ameaçado de ser grande selva de pedras, com alto índice de desemprego, galpões abandonados, violência e muitas pessoas em situação de rua. Região dividida entre pobreza e riqueza. Mas parece que esse cenário não choca, não causa indignação e muito menos reação por parte da sociedade. Talvez a depressão seja tanta que cega as pessoas de enxergarem o caos e o abismo que nos encontramos. Mas o que me causa mais espanto é que hoje nos preocupamos com coisas fúteis, mas a criança na rua, no frio, com fome, sofrendo todo tipo de violência, não é problema nosso nem dos governos, muito menos da sociedade. Revoltante! Criança fruto de sociedade hipócrita, que bate no peito e se diz cristã, que é a defensora da família tradicional, que não fala palavrão e que reza todo domingo, mas deixa a criança e sua família morrerem de frio e de fome nas ruas. Que País é este?
Márcia Garcia
Santo André


Diesel – 1
Irmãos caminhoneiros, está fácil! Vende o caminhão, compra uma moto e faz motociata atrás de Bolsonaro (Bolsonaro reduz gatilho do diesel que autoriza revisão da tabela do frete).
Lindomar B. Siqueira
do Facebook


Diesel – 2
E os caminhoneiros comemorando o Estado de sítio e R$ 0,05 a menos no diesel?
Cadu Ribeiro
do Facebook


Negociatas
Li que Kassab e Lula negociam acordo com várias pontas para dar ao petista o apoio de Alexandre Kalil em Minas. André Quintão (PT) é cotado para assumir a vice. Em troca, o candidato a vice, Agostinho Patrus (PSD), receberia vaga no TCE. Alexandre Silveira (PSD) seria candidato ao Senado. Em tempos de fake news fica dúvida se é mentira ou é real. Se for real – e deve ser –, essa é pequena mostra de como se dão as negociatas Brasil afora. Triste saber como certos cidadãos chegam aos tribunais. Nada de meritocracia, tudo em nome de politicalha desavergonhada onde o que conta são interesses venais. Dessa forma o voto do eleitor serve apenas como pano de fundo para legalizar tramoias previamente arquitetadas. E pensar que o voto é obrigatório. Pobre Brasil!
Izabel Avallone
Capital
 




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