Sem prazo estipulado, clube dá início ao processo para separar de vez futebol da parte social
Os associados do EC Santo André aprovaram na noite desta quarta-feira, 11, por unanimidade, a criação da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Ramalhão. Sem prazo máximo para que a situação se desenrole, o primeiro passo é a contratação de um escritório de advocacia e auditoria para dar início ao processo, que vai desassociar o futebol e o social ramalhino. Todo este trâmite vai ocorrer sob confidencialidade.
De acordo com o presidente Sidney Riquetto, a assembleia desta quarta-feira foi tranquila. "Explicamos os caminhos que vamos percorrer, a criação vai ser feita por cisão do departamento de futebol profissional, ou seja, o clube vai manter o seu CNPJ e a SAF uma personalidade jurídica diferente. Vamos atender os pedidos de algumas empresas que vão gerir como criar a SAF, como fazer o valuation do ativo e do passivo para chegarmos a um número, e o clube vai ficar com 100% das ações para, no futuro, negociar com investidor que surgir", declarou o mandatário. "A reunião bem produtiva. Muitas dúvidas que haviam. Própria criação da SAF, que é algo novo ainda. Ficou bem esclarecido que a partir do momento que for criado, cada parte terá sua vida própria."
Sidney Riquetto ainda afirmou que, independentemente da empresa que adquirir o EC Santo André SAF terá de se comprometer com alguns pontos. "Não vamos abrir mão de símbolo, cor, mudança de hino ou de cidade. Não temos interesse que isso aconteça, queremos preservar a marca EC Santo André, que vale muito. Mais do que muitas pessoas pensam. Isso será questão de honra", decretou o dirigente, que não deu prazo para que o procedimento aconteça. "Tentaremos fazer com o máximo de cuidado possível, porque pior do que não ter investidor é ter investidor errado. Será feito com muito critério, a partir dessa avaliação do ativo e passivo do futebol."
Segundo o presidente do conselho deliberativo, Celso Luiz de Almeida, houve cerca de uma hora de reunião, todas as dúvidas foram tiradas e decidiu-se por dar prosseguimento à ação. "Agora a diretoria executiva começa a trabalhar nisso", finalizou.
Além de profissionalização e transparência na gestão, outro fato que anima e favorece na transformação em clube empresa é o regime tributário específico e simplificado proposto pela lei, com menor valor no pagamento mensal de impostos (5% nos cinco primeiros anos; 4% a partir do sexto ano).
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