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Atentados no Iraque deixam 64 mortos e 120 feridos
Da AFP
11/05/2005 | 09:37
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Uma série de atentados em Bagdá e no norte do Iraque deixou pelo menos 64 pessoas mortas e mais de 120 feridas na manhã desta quarta-feira. Os atentados estão entre os mais violentos desde a formação do novo governo, no final de abril.

O pior atentado aconteceu durante a madrugada em Tikrit, reduto de partidários do ex-ditador Saddam Hussein, que fica 180 km ao norte de Bagdá. A explosão de um carro-bomba estacionado em um terminal rodoviário do centro da cidade deixou 31 mortos e mais de 60 feridos. "Um carro de marca alemã fabricado no Brasil provocou a explosão", disse um policial.

Já na cidade de Hawijah (norte de Bagdá), mais 30 pessoas morreram e 31 ficaram feridas quando um suicida detonou um cinturão de explosivos em meio a uma fila de recrutas do exército.

Hawijah é conhecida por ser um dos redutos da guerrilha. Várias operações militares foram executadas na região pelo exército dos Estados Unidos e pelas tropas de segurança da província petroleira de Taamin, da qual Kirkuk é a capital.

Em Bagdá, por sua vez, três pessoas morreram e 25 ficaram feridas na explosão de três carros-bomba e de uma bomba de fabricação caseira.

Os atentados com carros-bomba têm sido a opção quase exclusiva dos rebeldes nas últimas semanas, quando seus ataques foram intensificados, matando quase 400 pessoas desde o início do mês.

Os sangrentos ataques acontecem no momento em que mil soldados americanos dão prosseguimento a uma ampla operação militar, batizada de 'Matador', na província sunita de Al-Anbar, região oeste do país e perto da fronteira com a Síria. O exército americano considera a região como o santuário da rede terrorista Al Qaeda no Iraque. A operação começou no domingo e, até agora, resultou na morte de quase 100 pessoas.

Coréia do Norte conclui transferência de combustível nuclear

O ministério norte-coreano das Relações Exteriores declarou, nesta quarta-feira que a Coréia do Norte já concluiu o transporte de um de seus reatores de combustível nuclear que pode ser utilizado na fabricação de bombas atômicas.


Oito mil barras de combustível irradiado foram retiradas de um reator nuclear de cinco megawatts situado no complexo nuclear de Yongbyon, 90 km ao norte da capital Pyongyang. A partir dessas barras é possível produzir plutônio, que pode ser utilizado novamente em um reator mesclado com urânio ou na fabricação de armas nucleares.

Em 2003, o regime comunista afirmou que havia concluído o tratamento de 8 mil barras de combustível nuclear. Na ocasião, os americanos afirmaram que esta quantidade era suficiente para fabricar seis bombas atômicas. Depois, Seul e Washington consideraram o número exagerado e anunciaram que o número de barras tratadas era de 2,5 mil.

No dia 10 de fevereiro, a Coréia afirmou possuir a arma nuclear, já teria seis bombas atômicas, admitiu recentemente Mohamed ElBaradei, diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Os Estados Unidos acreditam que a Coréia do Norte produziu uma ou duas bombas atômicas nos anos 90.

Estas novas declarações norte-coreanas foram feitas no momento em que se multiplicam as informações da imprensa, essencialmente americana, sobre o iminente anúncio de um teste nuclear subterrâneo.

A Coréia do Sul encarou as especulações com ceticismo, afirmando que não dispõe de nenhuma nova informação a este respeito.

Em 1994, em virtude de um tratado bilateral entre Coréia do Norte e Estados Unidos, o complexo de Yongobyon havia sido fechado, mas depois, Pyongyang prometeu reabri-lo, alimentando os temores dos especialistas sobre a possibilidade de produção de plutônio.




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