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Estréia ‘Il Trovatore’, a popular ópera de Verdi
Gislaine Gutierre
Do Diário do Grande ABC
21/10/2001 | 17:12
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Uma das mais populares óperas de Giuseppe Verdi (1813-2001), Il Trovatore entra em cartaz nesta segunda-feira no Theatro Municipal de São Paulo, onde serão executadas mais quatro récitas.

Il Trovatore não só é popular, mas uma das mais executadas óperas verdianas. O enredo é um tanto confuso e cheio de reviravoltas. Mas seu brilhantismo musical permite ao espectador sentir o impacto das cenas mesmo sem compreender completamente a trama.

É uma ópera de vigor quase desenfreado, com uma força que nasce de sua própria origem, pois Verdi foi buscar toda a essência dramática em ritmos de dança como a mazurca e a valsa. A história tem libreto de Salvatore Cammarano, completado por Leone Emanuele Bardare e com base no drama homônimo do dramaturgo espanhol Antonio Garcia Gutiérrez.

Na Espanha do início do século XIX, Ferrando, capitão da guarda do conde de Luna, narra os fatos. Certa noite, uma cigana que fazia as vezes de babá no castelo do conde, amanhece debruçada sobre o filho mais novo dos dois herdeiros.

Como o garoto adoece, a família crê que ele é vítima de um feitiço da cigana e, por isso, manda queimá-la viva. A filha da cigana, Azucena, presencia tudo e jura vingança. Na mesma noite, seqüestra o outro filho do conde para lançá-lo nas chamas que ainda ardem. Atordoada, porém, joga seu próprio filho, da mesma idade.

Azucena então cria o filho do conde, Manrico, o trovador. Por anos e anos, persiste na idéia de vingar a morte da mãe. Por ironia do destino, Manrico, um certo dia, depara-se com o verdadeiro irmão, filho do Conde, em um campo de batalha. Mas estranhamente se vê incapaz de matá-lo. A partir daí o cerco se fecha, e a vingança de Azucena fica cada vez mais próxima.

A montagem brasileira tem dois elencos. No principal, estão o tenor Vladimir Bogachov (Manrico), a soprano Cynthia Makris (Leonora), a mezzo-soprano Graciela Alperyn (Azucena), o barítono Giancarlo Pasquetto (Conde de Luna) e o baixo Dimitri Kavrakos.

Esses se apresentam em todas as récitas, com exceção do dia 27, quando entram em cena o elenco brasileiro (doppioni). Neste caso, a formação conta com regência de Mário Záccaro e com Ricardo Bauer (tenor), Ana Paula Brunkow (soprano), Mara Alvarenga (mezzo-soprano), Sebastião Teixeira (barítono) e Sávio Sperandio (baixo).

O maestro húngaro György Györivanyo Ráth regerá a Orquestra Sinfônica Municipal no principal. Também participa o Coral Lírico. A direção cênica é de Oscar Figueroa e os cenários são de Henrique Bordolini.




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