A comédia de ação Agente 86 (Get Smart, EUA, 2008) revive um ícone da televisão, que foi ao ar de 1965 a 1970, repaginando para o presente o estúpido personagem que satirizava os filmes de espionagem com tiradas imbecis e apetrechos inúteis. Estrelado por Steve Carell (O Virgem de 40 Anos), estréia hoje em seis salas no Grande ABC .
Para comédia, há muita ação; para filme de ação, há mais gags que o costume. Como diria o agente 86 Maxwell Smart, na voz anasalada de Don Adams (1923-2005) da TV, faltou um "tantinho assim" para o filme se perder completamente. Virtudes apenas nas nuances contemporâneas dos personagens centrais. A famosa marchinha-tema, e a seqüência das portas no corredor, demora um pouquinho mas aparece.
Tirando outro bordão de Max Smart do baú, este remake é o "velho truque da...", no caso, adaptação de uma série de TV pelo cinema. A concepção é de prequel do personagem, uma pré-gênese da história, e não uma retomada de onde o seriado parou. Na década de 1960 o cenário era a Guerra Fria, nos dias atuais, o terrorismo, mas estão lá as mesmas agências antagonistas, Controle e Kaos. O líder da Kaos, Siegfried (Terence Stamp), ameaça vender armas nucleares para terroristas se não receber bilhões. Para provar, vai detonar uma bomba diante do presidente dos EUA.
Maxwell Smart ainda não é agente de campo, e é tudo o que ele deseja para não passar a vida como burocrata que analisa conversas gravadas entre inimigos. A oportunidade surge quando a sede do Controle é atacada pela Kaos, revelando a identidade secreta de todos os agentes de campo.
Ele, sem experiência e pronto para pôr quase tudo a perder, se torna o agente 86 e vai agir ao lado de 99 (Anne Hathaway), única agente com identidade não descoberta.
Os nostálgicos vão torcer o nariz por não rever o humor da TV. Para esses, a Warner lança a caixa em DVD com a primeira temporada do seriado, até hoje reprisado nas TVs aberta e paga.
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