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Nove candidatos ao governo debatem no ABC
Erica Garrido
Regiane Soares
Do Diário do Grande ABC
10/09/2002 | 00:40
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  O primeiro debate de candidatos a governador realizado no Grande ABC reuniu nesta segunda à noite nove postulantes, na promoção da Primeira Igreja Batista de Santo André, com apoio do Diário e transmissão ao vivo pelo canal ABC 3, da TVA/Canbrás. Os candidatos responderam a questões de jornalistas e líderes religiosos.

A iniciativa faz parte do projeto Segunda Cidadã e reuniu 500 representantes da comunidade cristã e políticos da região. Entre os presentes estavam os prefeitos Oswaldo Dias (PT), de Mauá; Ramon Velasquez (PT), de Rio Grande da Serra; José de Filippi Júnior (PT), de Diadema; e o deputado federal Luiz Carlos da Silva (PT), o professor Luizinho, de Santo André.

A sabatina começou com os candidatos respondendo a única pergunta sobre segurança pública feita pelo mediador, o pastor Levi de Araújo.

José Genoíno (PT) disse que o problema deve ser resolvido com duas ações: promover cultura, educação e lazer para que o crime não seja uma alternativa.

Anaí Caproni (PCO) propôs a extinção da PM e a criação de uma polícia comandada pela sociedade. Levy Fidélix (PRTB) sugeriu a unificação das polícias e a privatização das penitenciárias. Carlos Apolinário (PGT) defendeu a construção de 100 mil vagas em cadeias públicas a um custo total de R$ 400 milhões.

Na terceira parte os candidatos responderam a perguntas feitas pelos jornalistas Irineu Masiero e Carlos Brickmann e os escritores Antonio Sampaio e Dalila Teles Veras. Um dos temas foi a criação de universidade pública na região. Pinheiro Pedro (PV) enfocou os cursos de tecnologia como a melhor solução.

A cultura foi bastante debatida por Dalila. Ela fez três perguntas da área. Anaí Caproni sugeriu a abertura de centros de cultura para dar acesso à população carente.

A necessidade de informatização, tanto de escolas como de setores públicos, também foi discutida. Carlos Pitolli (PSB) destacou a informatização do Judiciário.

Os bancos foram duramente atacados. Os candidatos falaram sobre as altas taxas que inviabilizam o crescimento de muitos setores.

Osmar Lins (PAN) foi o mais evasivo nas respostas. A situação da aposentadoria foi o único ponto defendido pelo candidato. Já Dirceu Travesso (PSTU) foi o mais radical e defendeu a retirada de recursos de quem tem mais para dar a quem tem menos.

A vocação industrial da região e a necessidade de preservá-la também foram discutidas pelos candidatos. Apolinário criticou a política recessiva imposta pelo FMI. Segundo ele, o Estado de São Paulo deve usar sua força para mudar a política econômica do país e assegurar que indústrias, como as do ABC, não fechem as suas portas ou migrem para outros Estados.

No quinto bloco os candidatos responderam a questões dos pastores Eli Fernandes, Carlos Bregantin, Ariovaldo Ramos, Ziel Machado e Moisés Fernandes. Entre os temas abordados estavam Saúde Pública, Reforma Agrária, Desemprego e Educação.

Antônio Cabrera (PTB) lembrou que a reforma agrária não é atribuição do governo do Estado e sim da União. Porém, segundo ele, nada impede de o governador dar assistência ao MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), por exemplo.

Sobre Educação, Anaí criticou a política do atual governo que, segundo ela, visa a privatização do ensino público, o que vai gerar um exército de analfabetos.

O debate terminou com o reconhecimento dos candidatos à importância de discutir suas propostas e agradeceram a oportunidade de expor suas idéias aos eleitores do Grande ABC.




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