Política Titulo Primeiro passo
Mauá aprova auxílio para mulher vítima de violência

Projeto apresentado por Sargento Simões teve voto favorável de 18 dos 21 vereadores

Wilson Moço
Do Diário do Grande ABC
13/04/2022 | 08:48
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Claudinei Plaza/DGABC


Projeto de lei apresentado pelo vereador Sargento Simões (Avante) que estabelece que a Prefeitura de Mauá implemente o programa auxílio social para mulheres em situação de violência doméstica foi aprovado na sessão de ontem da Câmara, em primeira discussão. A matéria recebeu o aval de 18 dos 21 vereadores – votaram contra Júnior Getúlio e Geovane Corrêa de Souza (ambos do PT) e Leonardo Alves de Castro (PSDB).

A proposta prevê que mulheres vítimas de violência tenham direito a auxílio mensal de R$ 1.000 por até seis meses – pode ser prorrogado pelo mesmo período, apenas uma vez. O programa também assegura acompanhamento psicológico e a possibilidade de inclusão nos cursos oferecidos pela administração, de modo que a beneficiária tenha condições de ingresso ou reingresso no mercado de trabalho.

Para ter acesso ao auxílio, a mulher deverá ter registrado qualquer situação de violência doméstica e familiar diante de autoridade policial; ter renda abaixo de três salários mínimos ou com renda média per capita familiar igual ou inferior a R$ 700 e residir com o agressor, estabelece o projeto.

Segundo Sargento Simões, a proposta tem por objetivo dar suporte para que a vítima possa se reorganizar caso decida abandonar o companheiro. “A ideia é dar o mínimo de segurança às mulheres que sofrem todo tipo de violência, geralmente praticadas por aqueles que mais deveriam protegê-las (maridos). Muitas vezes a vítima até quer sair de casa, mas não tem condição financeira para isso.”

O parlamentar não tinha dados atualizados sobre o número de ocorrências de violência contra a mulher, mas reportagem publicada pelo  Diário mostrou que, entre os meses de janeiro e setembro de 2021, a cidade foi responsável por 17% das denúncias de violência doméstica no Grande ABC, com 123 das 720 queixas da região, ficando atrás apenas de São Bernardo (252) e de Santo André (170).

Sobre possíveis questionamentos ao projeto, sobretudo com relação a recursos para bancar a iniciativa, o parlamentar disse que a Prefeitura tem condições de bancar o benefíciio. “É só fazer remanejamento, tirando dos cargos ocupados por fantasmas e da corrupção que temos na Prefeitura”.




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