Em comunicado conjunto divulgado nesta quinta-feira, 7, após reunião na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), os ministros das Relações Exteriores do G-7 reiteram que pretendem aumentar a pressão econômica contra a Rússia, com objetivo de impedir que o país mantenha a campanha militar na Ucrânia.
Na nota, o grupo informa que trabalhará para impedir tentativas de escapar das sanções ou de ajudar Moscou de qualquer forma. Também promete tomar mais ações que acelerem os planos de reduzir a dependência ao setor de energia russo. "Instamos a Rússia a retirar completamente suas forças e equipamentos militares de todo o território da Ucrânia dentro de suas fronteiras internacionalmente reconhecidas", exortam, acrescentando que pressionarão Belarus pelo apoio ao governo de Vladimir Putin.
Os ministros também expressam preocupação sobre "outros países e atores que amplificam a campanha de desinformação" do Kremlin. Segundo eles, um eventual uso de armas químicas, biológicas ou nucleares seria "inaceitável" e teria "severas consequências". "Condenamos as alegações infundadas da Rússia e as falsas acusações contra a Ucrânia", dizem, também advertindo contra a tomada de controle de instalações nucleares por tropas russas.
O grupo condena "nos mais fortes termos" as "atrocidades" cometidas por forças russas em Bucha e em outras cidades ucranianas. "Imagens assombrosas de mortes de civis, vítimas de tortura e execuções aparentes, bem como relatos de violência sexual e destruição de infraestrutura civil, mostram a verdadeira face da guerra brutal de agressão da Rússia contra a Ucrânia e seu povo", destacam.
Os ministros chamam "de flagrante mentira" a narrativa russa de que as sanções ocidentais foram as responsáveis pelo recente aumento dos preços globais de alimentos. "Faremos uso coerente de todos os instrumentos e mecanismos de financiamento para enfrentar a insegurança alimentar, manter os mercados abertos e construir resiliência no setor agrícola em todos os continentes", garantem.
O G-7 é composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. O alto representante da União Europeia (UE) para política externa, Josep Borrell, também assina a nota.
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