Durante todo o dia os militares tentaram convencer os habitantes a abandonar suas casas voluntariamente. Os ativistas subiram sem violência nos tetos do ônibus que os levariam para fora da Faixa.

Porém, os soldados, que foram especialmente treinados para esta situação perderam a compostura e a paciência diante dos jovens, que eram literalmente arrastados para os ônibus e conduzidos ao posto de fronteira de Kissufim, ou seja, fora da Faixa de Gaza.

O clima de tensão se repetiu em Shirat Hayam e Morag, ao sul da Faixa, mas na maioria dos assentamentos a situação ficou relativamente tranqüila e a resistência foi controlada.

Desde o início da operação de retirada dos assentamentos, na segunda-feira passada, e da entrega aos colonos das ordens de despejo, que davam prazo de 48 horas para a saída da região, seis colônias foram esvaziadas, outras quatro estão no processo de desalojamento e 11 esperam a vez ou organizam a retirada.

As colônias vazias são as de Nisanit, Dugit, Peat Sadeh, Rafiam Yam, Tel Katifa e Bedolah. Nos próximos dias serão desocupadas as colônias mais duras: Netzarim, Kfar Darom, Kfar Yam e Kerem Atsmona.

Um dos líderes do movimento de colonos de Gaza e da Cisjordânia, Shaul Goldstein, reconheceu o fracasso da oposição à retirada.

"Fracassamos. Está claro que Gust Katif (bloco de colônias de Gaza) caiu", declarou.
 
Na Cisjordânia, duas colônias isoladas das quatro que também devem ser desmanteladas já estão vazias. Nas outras duas existem judeus extremistas entrincheirados contrários à retirada.