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Alonso vence; Montoya e Raikkonen encostam em Schumacher
Por Flavio Gomes
De Budapeste para o Diário
24/08/2003 | 11:48
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Aos 22 anos e 26 dias de idade, o espanhol Fernando Alonso tornou-se neste domingo o mais jovem vencedor da história da Fórmula 1. Ele ganhou o GP da Hungria com uma atuação de gala, depois de largar na pole e só não liderar uma das 70 voltas da corrida, quando fez o primeiro de seus três pit stops.

O resultado deixou o Mundial eletrizante. A três provas do final, dois pontos separam o ainda líder Michael Schumacher, da Ferrari, do terceiro colocado, Kimi Raikkonen, da McLaren. Entre eles está Juan Pablo Montoya, da Williams, um ponto atrás do alemão.

“Não imaginava que conseguiria tanta coisa num ano só”, festejou Alonso, que recebeu até um telefonema do rei da Espanha, Juan Carlos, lhe dando os parabéns. De fato, a lista de façanhas do menino é extensa. Em Sepang, no início da temporada, ele já se tornara o mais jovem pole de todos os tempos. Neste domingo, superou em precocidade Troy Ruttman, que em 1952 ganhou as 500 Milhas de Indianápolis (a prova fazia parte do calendário da F-1) com 22 anos e 80 dias de idade; acabou com um jejum de 20 anos da Renault sem vitórias na F-1 e, de quebra, tornou-se o primeiro espanhol a vencer um GP na categoria.

Na sétima volta, Fernando já tinha 15s5 de vantagem para o australiano Mark Webber (Jaguar), que terminou em sexto lugar. “Entrei no rádio e perguntei onde estava todo mundo. Para falar a verdade, acabou sendo a corrida mais fácil do ano para mim”, contou Alonso.

E foi mesmo, tanto que na volta 62 ele colocou uma volta no líder do campeonato, que brigava pela sétima posição com Jarno Trulli (Renault). Schumacher terminou em oitavo e esse pontinho o manteve em primeiro na classificação.

Mas o dia da Ferrari foi um desastre. Além de terminar uma volta atrás, o time amargou uma quebra inexplicável da suspensão traseira esquerda de Barrichello, que bateu forte no fim da reta, quando estava em quinto.

Alonso, no pódio, era só sorrisos. “Parece um sonho”, disse. Quando um repórter espanhol lhe perguntou se ele teve vontade de chorar de alegria, a resposta foi direta e não deixou dúvidas sobre seus objetivos na F-1: “Não choro por pouco”.




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