Entramos nesta terça-feira em agosto, popularmente conhecido como o mês do cachorro louco e época na qual as prefeituras realizam suas campanhas anuais de vacinação anti-rábica. A dose é gratuita e será aplicada em mais de 278 postos em todo o Grande ABC. Algumas cidades, como Mauá e Diadema, oferecem agendamento para vacinação em domicílio, ação voltada às pessoas que possuam mais de cinco cães ou gatos na residência.
Uma das explicações para a fama do mês é que no período há concentração maior de cadelas no cio, o que gera maior promiscuidade entre os animais e, assim, maior contágio da raiva, doença que enlouquece. Essa história é contada há muitos anos por veterinários e agentes de Zoonoses, mas a verdade é que desde 1998 não são registrados casos de raiva em cães e gatos em todo o Estado de São Paulo. Para que a doença – que é fatal tanto para os animais quanto para as pessoas – permaneça controlada, é imprescindível que os donos levem seus bichos de estimação para serem vacinados.
A doença é transmitida por vírus e o controle da patologia é simples, garante Maria de Lourdes Reichmann, assistente técnica de saúde do Instituto Pasteur, órgão vinculado à Secretaria de Estado da Saúde. "Basta vacinar o animal uma vez por ano e evitar que ele fique solto e sem controle", explica. A assistente técnica diz ainda que a raiva é uma das doenças mais tristes de serem acompanhadas e não existe cura para a moléstia.
Sintomas – Para identificar um animal infectado é preciso prestar atenção em seu comportamento. "Ele passa a procurar lugares escuros pois a luz começa a incomodar, deixa de reconhecer o dono e sente muita dor, o que pode levá-lo a reagir, mordendo em quem queira pegá-lo", ensina Maria de Lourdes. Caso o proprietário identifique essas alterações em seu animal, deve encaminhá-lo imediatamente para o departamento de Zoonoses do município, onde ficará isolado e em observação clínica. O dono também deverá entrar em contato com o serviço médico.
A dica da profissional de saúde vale também para pessoas mordidas por animais de rua. "É importante não perdê-los de vista, pois ele tem de ser encaminhado para observação e, apresentando comportamento normal em dez dias, o médico tem segurança em dispensar o tratamento na vítima", destaca Maria de Lourdes.
A expectativa das sete prefeituras da região é de que mais de 245 mil animais sejam vacinados durante as campanhas. Mauá, Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires terão postos móveis de vacinação que irão circular pelos municípios. Apenas fêmeas no período do cio, prenhes (gestantes), em período de amamentação ou com filhotes em idade inferior a quatro meses não podem receber a dose da vacina. Nesses casos, os donos devem procurar o departamento de Zoonoses assim que esses animais puderem ser imunizados.
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